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O objetivo da BMW é ousado: lançar 25 novidades no Brasil ainda em 2020. A quantidade não é aleatória e os alemão não acreditam em numerologia.

É que este ano a marca completa um quarto de século de atividades no mercado brasileiro. A pandemia da Covid-19 pode até ter colocado o plano em quarentena, mas ele continua.

Nesse bolo estão automóveis inéditos, versões e também modelos da Mini. Alguns carros já chegaram e escaparam do atraso causado pelo coronavírus. Essa é justamente a situação do X5 xDrive45e M Sport, mas pode chamar de X5 híbrido plug-in.

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A versão estreou em meados fevereiro e, diferentemente das outras que são montadas em Araquari (SC), esta vem importada dos Estados Unidos por exatos R$ 455.950. Ela se junta a xDrive30d (R$ 475.950), xDrive30d M Sport (R$ 505.950) e M50d (R$ 569.950) – todas diesel.

O que faz esse X5 diferente, claro, é o motor. Ou seja, o conjunto híbrido é formado pelo a  seis cilindros 3.0 turbo a gasolina de 286 cv e 45,9 kgfm de torque e por um motor elétrico com o equivalente a 112 cv e 37,2 kgfm.

Somados, produzem 394 cv e 61,2 kgfm torque – a geração anterior tinha 313 cv e 45,9 kgfm. Os números podem não ser tão superlativos assim – ainda mais com a massa de quase 2,5 toneladas. Porém, a prática prova o contrário.

O X5 deseja uma tocada mais tranquila. A direção é macia e a suspensão adaptativa promove uma comportamento sólido, mas sereno no ajuste mais confortável. A altura de rodagem pode variar 8 cm para simplesmente facilitar o acesso do porta-malas, transpassar obstáculos ou baixar o centro de gravidade para mais estabilidade em altas velocidades. Só estou dizendo…

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Porque pisar no pedal da direita é certeza de uma aceleração vigorosa. Claro que você não vai colar no banco com estivesse em um X5 M ou algum produto da divisão Motorsport. Mas o torque imediato do motor elétrico empurra o SUV como se fosse um carro qualquer. O câmbio automático – de origem ZF – empilha as oito marchas de forma sutil e garante bastante agilidade do gigante de metal.

Tanto que o X5 híbrido, sempre com tração integral, vai de zero a 100 km/h em 5,6 segundos segundo a fábrica – uma bom desempenho para um SUV que não tem aspiração esportiva. A plataforma modular CLAR e os aços empregados na carroceria fazem o utilitário ser mais leve do que ele aparenta.

Outro benefício da arquitetura é o porte. O X5 de nova geração cresceu em relação ao antecessor e agora tem 4,92 metros (+ 3,6 cm) de comprimento e 2,97 m de distância entre-eixos (+ 4,2 cm). Se as dimensões forem um problema na hora de manobrar, fique tranquilo: o X5 estaciona sozinho e ainda refaz, de forma autônoma e em marcha ré, os últimos 50 m percorridos caso você tenha colocado o SUV em apuros.

BMW X5 xDrive45e M Sport (Foto:  Divulgação)

O espaço atrás tem boa largura e altura para três ocupantes – e túnel central baixo não vai incomodar tanto quem viaja no meio. Os sortudos que sentarem perto das janelas ainda são brindados com o sistema de entretenimento com duas telas de 10,2 polegadas. Quem vai na posição central escolhe qual monitor quer ver…

Apesar de ser médio-grande, as dimensões do X5 o colocam em posição de rivalizar com o titânico XC90 T8 R-Design, de 4,95 m de comprimento e 2,98 m de entre-eixos. O porém é que o Volvo está mais perto dos R$ 400 mil.

O concorrente mais direto em termos de tamanho e preço é o Cayenne E-Hybrid, de R$ 435 mil. O Porsche é (bem) mais potente: os dois motores de tração produzem 462 cv e 71,3 kgfm. O Cayenne, por sua vez, só percorre máximos 44 km no modo totalmente elétrico. 

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Como todo híbrido a diversão é dirigir com o pé mais leve possível para que o SUV permaneça apenas usando o motor elétrico – sem intervenção da combustão – e não gastar uma gota de gasolina. O X5 consegue rodar até 87 quilômetros só usando as baterias.

No modo Hybrid, segundo as medições do InMetro, o modelo faz 20,3 km/l na cidade e 21,3 km/l na estrada. Média bem abaixo dos 47,6 km/l registrada no ciclo europeu WLTP – cujo padrão é bem distinto do brasileiro, diga-se. Sem falar na qualidade da gasolina

O jeito é aliviar o acelerador e sentir a atuação mais aguda do freio-motor para regenerar energia e manter a autonomia elétrica por mais tempo. Claro que por ser plug-in, o X5 permite carregar a bateria como você carrega seu smartphone: na tomada.

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A BMW inclui nos R$ 455 mil a WallBox, que poder instalada na garagem do prédio ou da casa. Com essa estação, são 6,5 horas para repor a energia na bateria.

Dentro, o X5 xDrive45e M Sport é muito parecido com qualquer BMW contemporâneo. Destaque para o ótimo acabamento com couro, partes emborrachadas e materiais nobres.

BMW X5 xDrive45e M Sport (Foto:  Divulgação)

O ar tecnológico também está presente com as duas telas de 12,3 polegadas: a do painel de instrumentos digital e a central super moderna com inteligência artificial, comando por gestos para trocar aumentar o som, por exemplo, basta fazer movimentos horários circulares com o dedo no ar e integração sem fio com Apple CarPlay.

Pelo preço que a BMW cobra não dá para dizer que faltam itens de série, como sistema de monitoramente de faixa de rodagem com correção autônoma que coloca o SUV no caminho, HD de 20 GB para armazenar conteúdo, câmera 360º e controle de cruzeiro adaptativo.

Teto solar panorâmico, ar-condicionado de quatro zonas, som Harman Kardon com 16 alto-falantes, porta-copos com refrigeração e aquecimento e bancos dianteiros com ventilação e aquecimento são mais alguns equipamentos.

O X5 híbrido é econômico, espaçoso, confortável e muito tecnológico. O preço definitivamente joga contra, ainda mais com o Porsche Cayenne R$ 20 mil mais barato. E com o dólar perto dos seis reais, o próximo lote pode vir ainda mais caro.

*Agradecimento a concessionária Grand Brasil (Rua Gastão Vidigal 1.357 – Vila Leopoldina – SP. Telefone: (11) 4750-211)



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