O R7-Autos Carros realizou no último mês, antes da crise causada pela pandemia do coronavírus, uma expedição pela América do Sul com a intenção de percorrer o sul do país além do Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai. Devido ao avanço do Covid-19 e das restrições de circulação, o trecho teve de ser encurtado. Afinal, fronteiras de cidades e países fecharam e foi possível andar somente pelo Paraguai e Argentina retornando ao país antes do fechamento das fronteiras. Nosso acompanhante nessa trajetória foi o Volvo XC90 Hybrid R-Design, modelo mais caro da marca à venda no país tabelado a partir de R$ 409.950.
A trajetória se iniciou na cidade de São Paulo e teve como primeiro destino a cidade de Londrina no Paraná, com cerca de oito horas de viagem entre belas estradas e paisagens rumo ao oeste. Na cidade nossa equipe teve que deixar o SUV na concessionária para realizar a primeira revisão, já que o carro estava perto de completar 10 mil quilômetros rodados. Na revisão foram feitas atualizações no sistema de segurança, ajustes na potência dos faróis e alinhamento e balanceamento, já que o carro iria percorrer uma grande viagem. O óleo e filtro também foram substituídos como previsto.
Importante destacar a autonomia do SUV. De São Paulo a Londrina, nossa equipe rodou com o tanque de combustível cheio e motor elétrico 100% carregado e não precisamos abastecer por mais de 680 quilômetros. A média foi de 20,4km/l.
(O sistema de direção semiautônoma com controle de cruzeiro adaptativo foi testado)
De lá o destino era Foz do Iguaçu, cidade também no Paraná, onde está a tríplice fronteira e que somou mais oito horas de viagem. Nossa equipe ficou três dias na cidade que faz fronteira com Argentina e Paraguai.
Lá foi possível conhecer o Parque Nacional Foz do Iguaçu, onde fica uma das sete maravilhas naturais do mundo, as Cataratas do Iguaçu. Apesar de não ser possível entrar com o carro no parque, o traslado é feito com ônibus zero emissões, um ponto positivo para o parque. Entre os diversos passeios dentro do espaço que é um parque nacional está o Macuco Safari, um passeio de bote que leva cerca de 20 pessoas aos pés das cataratas.
Em Foz ainda fomos conhecer a Usina hidrelétrica de Itaipu, a maior da América Latina. Lá foi possível carregarmos o Volvo XC90 T8 Hybrid gratuitamente, graças aos diversos eletro-postos espalhados pelo local.
O Volvo XC90 é atraente e imponente por si só. O detalhe que é chamativo, mas pode ter alguns problemas são os pneus de perfil fino, aro 22”, que parece demandar atenção em terrenos de cascalho. Nestes trechos, a tração integral do SUV fez muito bem o seu papel. Com carro carregado o conforto não é comprometido em nenhum momento.
O ponto alto está na parte interna. Com materiais de boa qualidade no painel, cluster 100% digital e central multimídia com tela de 10,9” com todas as funcionalidades para quem gosta de acompanhar informações sobre o veículo ou um visual mais tradicional com mostradores que imitam cluster analógico. A alavanca de câmbio também é charmosa e pouco exigida pois há opções de controle do câmbio de oito marchas atrás do volante ou na própria alavanca.
O visual é sóbrio e minimalista, fazendo jus ao ditado “menos é mais” no Volvo XC90 mas a solidez da construção e do acabamento são pontos de destaque. Os bancos do motorista e passageiro tem acabamento em couro e Alcântara e tem ajuste elétrico. A segunda fileira de bancos tem trilhos que possibilitam ir para frente ou para trás, o que também auxilia no conforto da terceira fileira de bancos.
Usamos boa parte do porta-malas de 692 litros, com a terceira fileira rebatida, mas sem excesso permitindo posicionar o banco para trás para maior conforto. O conforto é o outro ponto positivo do carro.
Desempenho
Depois de rodarmos 1 mil quilômetros com o carro, podemos perceber realmente o conforto do veículo como maior destaque. Fizemos viagens de mais de 8h/dia sem prejuízo ou cansaço para os ocupantes ou para o motorista.
Testamos também os controles de segurança, como o lane assist, que auxilia na condução do carro dentro da faixa de rolagem. Configuramos o pilot assist em 110km/h e nisso percebemos o trabalho do assistente em conjunto como controle de cruzeiro, que chega à velocidade solicitada quando não há obstáculos na frente e freia quando aparece algo que possa interferir na segurança do carro.
Como o carro é híbrido “de tomada”, encontramos algumas dificuldades para abastecer o motor elétrico, sendo possível no trajeto de São Paulo até Foz do Iguaçu/PR, abastecer somente na última cidade. Ainda assim o abastecimento pode ser dispensado graças ao motor a combustão que é um 2.0 a gasolina de 340cv e 40,8kgfm.
Fique ligado que amanhã contaremos sobre a experiência e as dicas para cruzar a fronteira para o Paraguai.
*Com a colaboração de Guilherme Magna