O chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff, afirmou que a F1 “não pode voltar a ter um motor dos Flintstones”, enquanto as negociações sobre a configuração da unidade de potência para 2025 continuam.

A F1 vai apresentar novas unidades de potência a partir da temporada de 2025, mas até agora não foi alcançado um acordo sobre a forma que elas devem assumir com o chefe da Red Bull, Christian Horner, interessado em motores movidos a biocombustíveis de alta rotação e muito barulho.

No entanto, a Mercedes deve se alinhar com seu braço automotivo e Wolff admitiu que, embora goste pessoalmente de motores V12 barulhentos, o passado deve permanecer no passado.

“Não podemos voltar para um motor dos Flintstones, e por outro lado, ficar totalmente elétrico nessa fase é muito cedo”, disse Wolff.

“Devemos tentar criar uma unidade de potência da qual possamos nos orgulhar. Ter orgulho significa ainda ter a experiência audiovisual de um motor de combustão interna, ter um componente híbrido que é muito forte do lado elétrico, então estamos dando ao lado elétrico pelo menos igual ao desempenho do ICE (motor de combustão interna) ou mais.”

“É na minha opinião, a etapa de transição para algo em 2030, que pode ser muito diferente dependendo de para onde for o mercado de automóveis.”

“Vemos alguns dos grandes fabricantes automotivos se comprometerem a ser em 2030 totalmente elétricos, mas, mesmo assim, haverá muitos carros rodoviários, dezenas de milhões de carros rodoviários nas ruas, que funcionarão com motores de combustão”, disse Wolff.

“O que precisamos alcançar, é sermos o laboratório mais rápido do mundo para desenvolver combustíveis sustentáveis, sejam eles apenas biodegradáveis ou sintéticos, ou ainda e-combustíveis.”

“Porque isso pode ser uma contribuição real para o planeta, desenvolver combustíveis de alto desempenho que funcionem para nós, e se você ouvir nossos parceiros de combustível, o que precisamos alcançar não é um combustível de nave espacial, mas algo que o cliente final possa realmente utilizar em seu próprio carro de rua.”

“Não são apenas os carros que estarão nas estradas, mas também todos os tipos de aplicações industriais em máquinas que funcionam com combustível ou querosene, que podem utilizar nosso desenvolvimento e nossa ciência e eu acredito fortemente nisso”, acrescentou.

 

 

 

 

 

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