A Fórmula 1 acaba de se comprometer definitivamente com o meio ambiente, já que acaba de anunciar que chegou a acordo com equipas, organizadores, promotores e especialistas em meio ambiente para que os monologares deixem de emitir dióxido de carbono antes de 2030.
O objectivo passa por manter os sistemas propulsores híbridos que equipam os monologares actuais, ainda que tenham que ser melhorados e desenvolvidos ao ponto de serem 100% sustentáveis.
A solução deverá passar pelo uso da nova gasolina sintética e sem emissões de CO2 de que a F1 fala há vários meses, sendo que em Março deste ano a Audi e a Bosch já conseguiram mesmo sintetizar os primeiros 60 litros desta gasolina, que obtém os seus componentes de elementos alheios ao petróleo, pelo que não emite CO2 na sua produção.
GPs vão deixar de ter plástico
O objectivo da Fórmula 1 para este plano futuro vai muito além dos automóveis e também fora das pistas terá que ser feito um enorme esforço. As viagens entre corridas terão que ser muito mais eficientes, as fábricas das equipas terão que ser exclusivamente alimentadas com energias renováveis e os Grandes Prémios deixarão de usar plástico.
Além disto, a organização terá que passar a promover o transporte ecológico de todos os adeptos até ao recinto, sendo que ao contrário da meta traçada para os automóveis, este comportamento “verde” fora das pistas terá que ser adoptado até 2025, cinco anos antes.
2025 – All events sustainable
2030 – F1 to be net-zero carbonCommitment and innovation is in F1’s blood. Welcome to our next challenge.#F1 pic.twitter.com/6DAO3tSiJc
— Formula 1 (@F1) November 12, 2019
Inovação sem precedentes
Chase Carey, “patrão” da Liberty Media, empresa que detém os direitos da Fórmula 1, não tem dúvidas em afirmar que “a unidade de potência híbrida actual da F1 é a mais eficiente do mundo, já que oferece mais potência com menos combustível, logo, produz menos CO2 do que qualquer outro carro”.
Ainda assim, até 2030 terão que ser feitos grandes esforços para cumprir esta meta, algo que não assusta minimamente Carey, que acredita que a “F1 pode continuar a ser líder na indústria automóvel e trabalhar para oferecer o primeiro motor de combustão interna híbrido que reduza consideravelmente as emissões de carbono”.
F1 não será eléctrica… pelo menos já!
Que não restem dúvidas que a Fórmula 1 terá obrigatoriamente que continuar a apostar nas mecânicas híbridas que já usa desde 2014, altura em que trocou os motores V8 por unidades híbridas V6 com turbo. É que a Fórmula E tem a exclusividade de ser a única categoria eléctrica da FIA até 2039, cláusula que afasta – pelo menos para já – a possibilidade da F1 vir a ser totalmente eléctrica.