Encontrei textos de Leonardo Celli e Rodrigo Almeida, meus, hoje, amigos e companheiros de Abravei, mostrando que era possível, sim, usar carro elétrico no Brasil. Decidi comprar um BMW i3 ao descobrir que poderia abastecer o carro em casa, na tomada da garagem, sem nenhum equipamento especial diferente. Isso porque o veículo vem com um carregador que pode abastecer o seu carro elétrico em qualquer tomada, seja 127 V ac, seja 220 V ac.
Hoje, tenho um JAV iEV40 com mais autonomia de bateria e já rodei mais de 70 mil quilômetros com um custo por quilômetro rodado de R$ 0,10, enquanto, em um veículo a combustão, esse custo por quilômetro rodado pode ser de R$ 1,30, considerando despesas com combustível e manutenções. Isso porque carregar a bateria em 100% não custa mais que R$ 30 para rodar 300 quilômetros.
Acontece que, quando pensamos no preço do carro, esquecemos do gasto mensal com combustível e o custo das manutenções obrigatórias a cada 10 mil quilômetros para troca de óleo, filtros, velas, limpeza de bicos injetores, troca de correias etc. O carro elétrico não tem manutenção mensal, não troca óleo, não tem correias, não tem filtros nem velas. Proprietários de carro elétrico estão livres daquela troca de óleo periódica e obrigatória.
Ainda hoje, costumo viajar de elétrico para Bauru (a 267 quilômetros de casa), São José dos Campos (196 quilômetros), Campos do Jordão (280 quilômetros) e Mongaguá (200 quilômetros). Ao chegar ao destino, procuro uma tomada, ligo o carregador que vem junto com o carro e, após uma boa noite de sono, pela manhã, a bateria está cheia e carregada.
Saibam que existem diversos carregadores públicos e de uso gratuito pelas rodovias. Eles podem ser encontrados facilmente por meio de alguns aplicativos, como o da Abravei, Plugshare e EDP. Com eles, eu nunca mais fiquei preocupado com viagens. Vou para qualquer lugar.