A Ford vai importar o Mustang Mach-E para o mercado brasileiro, mas ainda não há data definida para sua chegada ao país.
O SUV elétrico foi revelado mundialmente em novembro, durante o Salão de Los Angeles, e sua vinda para cá já estava cogitada desde então.
“Vamos trazer o Mustang Mach-E, que é um SUV elétrico com desempenho absolutamente fantástico, e é um Mustang. O modelo de entrada tem desempenho competitivo com o de um Porsche Macan e o modelo GT é competitivo com um Porsche 911. É um produto elétrico e cheio de tecnologia que traz toda a adrenalina que o Mustang traz”, afirmou Rogélio Golfarb, vice-presidente da Ford para a América do Sul, em live realizada pela “Automotive Business”.
Durante o lançamento, executivos da Ford norte-americana frisaram a todo momento que o Mach-E não é um carro feito exclusivamente para os Estados Unidos.
A intenção seria elaborar uma estratégia semelhante a do Mustang cupê, que atualmente é vendido na maioria dos países onde a Ford está estabelecida.
Importante lembrar que o Mach-E será fabricado no México, o que facilitaria sua vinda para o mercado brasileiro por conta do acordo comercial firmado entre o país e o Brasil.
Um GT elétrico
Nos Estados Unidos, o Mustang Mach-E tem cinco versões de acabamento: Select, Premium, California Router 1, First Edition e GT.
O carro deveria ser lançado por lá no fim de 2020. Entretanto, a pandemia do coronavírus atrasou os planos da empresa. Até agora, a previsão é que a produção do veículo comece no segundo semestre, sendo que as primeiras entregas aconteceriam apenas em outubro.
Entretanto, a Ford já afirmou que pode rever os prazos quando retomar as atividades em suas fábricas.
“Muita gente gosta do Mustang, mas precisa de um carro mais espaçoso para levar a família. E foi o que buscamos com esse carro, que não pode apenas parecer com um Mustang, mas deve ser prazeroso de dirigir como um Mustang. A Ford precisava participar dessa mudança e vencer, e para isso fizemos algo totalmente diferente”, afirmou Ted Cannis, diretor global de eletrificação da Ford.
Haverá configurações com tração traseira ou integral e opções de baterias de 75.5 kWh e 98.8 kWh. A Ford afirma que a autonomia do veículo pode chegar a pelo menos 480 quilômetros nas medições do padrão EPA.
O SUV terá duas variações mais esportivas. De acordo com a assessoria de imprensa da Ford Brasil, o Mach-E GT deve acelerar de 0 a 100 km/h em menos de quatro segundos. Já o GT Performance Edition deve reaizar a mesma tarefa em aproximadamente três segundos. Nos dois casos a potência estimada é de 465 cv e 84,6 kgfm.
São oferecidos três modos de condução: Whisper (“Sussurro”), Engage (“Engajado”) e Unbridled (“Desenfreado”). Cada um deles modifica as respostas do veículo, iluminação ambiente, gráficos do painel digital e até sons. O modo Whisper, por exemplo, possui menor regeneração dos freios e condução mais suave, que pode se transformar caso o motorista pise fundo no acelerador.
Foco em segmentos
Rogélio também comentou sobre as recentes decisões da Ford no mercado brasileiro, onde seguiu as ordens da matriz e concentrou seus esforços em segmentos rentáveis. Há alguns anos, a fabricante já declarou que picapes e SUVs representariam o futuro da empresa, e que essa estratégia seria replicada mundo afora.
“A gente fez uma opção muito clara por deixar segmentos que estavam contraindo no mercado brasileiro e em outros mercados na América do Sul. Foi uma decisão difícil, mas que se mostrou absolutamente correta para nós”, afirmou o executivo.
“O Territory (SUV médio que está confirmado para o Brasil) mostra o caminho pelo qual nós vamos seguir”, concluiu.