Ou seja, o motor elétrico passa a fornecer energia às baterias cada vez que o motorista alivia a pressão no pedal do acelerador ou aciona os freios.

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Afinal, como o freio regenerativo funciona?

Como o motor elétrico é capaz de gerar eletricidade quando ele está em funcionamento? A resposta é simples: durante as frenagens, um sensor envia sinais a um módulo eletrônico para converter o propulsor em um gerador, que aproveita o movimento das rodas do carro (energia cinética) para gerar a energia que é enviada às baterias.

Dependendo do veículo e da potência dos seus motores elétricos, a capacidade da frenagem regenerativa é forte o suficiente para parar o carro sem a necessidade de acionar os freios convencionais das rodas. Muitos modelos, aliás, podem ser guiados utilizando, na maior parte do tempo, apenas o pedal do acelerador para mover ou parar progressivamente o veículo.

Num trecho de descida de serra, por exemplo, o sistema de regeneração de energia acaba funcionando como um freio-motor bastante eficiente para reduzir a velocidade do veículo e, ainda por cima, gerar eletricidade para recarregar as baterias.

Para se ter uma ideia do quão eficiente o freio regenerativo pode ser, no esportivo Porsche Taycan os freios convencionais só entram em ação para auxiliar os motores elétricos nas frenagens mais fortes. Segundo a marca alemã, o sistema de regeneração de energia atua em 90% das frenagens do veículo e ainda é capaz de acrescentar quatro quilômetros à autonomia das baterias em uma frenagem a 200 km/h até a parada total do veículo.

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Além de ajudar a recarregar as baterias, os freios regenerativos contribuem para aumentar a vida útil dos componentes de fricção (discos, pastilhas, tambores, lonas) dos freios das rodas, uma vez que essas peças sofrem menos desgaste do que em um carro movido a combustão.

Vale lembrar que os freios regenerativos podem não funcionar como gerador quando as baterias estiverem com 100% da carga (situação mais comum nos híbridos, cujo motor a combustão também funciona como gerador e as baterias de menor capacidade são carregadas mais rapidamente).

Isso porque a bateria, assim como um tanque de combustível, não é capaz de armazenar eletricidade além da sua capacidade. Qualquer tentativa de recarga nessa condição pode superaquecer e até provocar a explosão do acumulador de energia. Por segurança, essa limitação também está ligada com o fato de as recargas rápidas em eletropostos não passarem dos 80% da capacidade, ficando gradualmente mais lentas à medida que a bateria fica “abastecida”.

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