A engenheira Aline Gonçalves quer colocar um carro elétrico nas ruas do País. Para isso, ela iniciou em 2016 um projeto para criar uma conversão de veículo a combustão, como outros projetos que já existem fora do Brasil.
Entre erros e acertos, o primeiro protótipo ficou pronto em 2018 e roda pelas ruas sob a simpática carroceria de um Volkswagen Fusca 1972, depois de um investimento de cerca de R$ 100 mil.
Apesar disso, Gonçalves conta que esse não é o valor do projeto. “Entre erros do início do desenvolvimento acabamos comprando e gastando com coisas que não precisaríamos. Foi um processo de aperfeiçoamento.”
Hoje, o Volkswagen Fusca roda pelas ruas do Espírito Santo, mas ainda não foi totalmente homologado. Aline e sua empresa trabalham para garantir que o modelo possa ser emplacado e patentear algumas tecnologias usadas no projeto.
O nome é simples, mas fácil de entender: VEB – Veículo elétrico do Brasil, que também nomeia a empresa criada ao redor do projeto “Meu VEB“.
“É um quebra-cabeça”
Aline define o projeto como um quebra-cabeça, já que usou peças prontas, como o motor elétrico, o pacote de baterias, entre outros. Uma coisa que não vai acontecer apenas com o Fusca elétrico que ela montou.
A Volkswagen já confirmou que venderá sua plataforma de carros elétricos, a MEB, para empresas que quiserem montar um carro próprio, mas sem desenvolver a base.
O motor elétrico utilizado tem cerca de 12 cv de potência, o pacote de baterias tem capacidade 4,8 kWh de armazenamento de energia e com uma carga completa, o carro oferece 50 km de autonomia.
Entre os pedidos de patente abertas para o projeto estão de toda a central eletrônica que fez os diferentes componentes do carro “conversarem” entre si.
Há também um aplicativo no smartphone que servirá para transformar o celular em um cluster digital para usar no carro e ter todas as informações como autonomia, status do carregamento e também acessar outras funções, diz Aline.
“A ideia é que na evolução do projeto seja possível ter acesso a distância aos dados do carro e até abrir ou trancar as portas a distância pelo smartphone”, completa.
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