Daqui a 15 anos, você chegará a um concessionário Chevrolet e não poderá mais optar por um motor 1.0 aspirado, 1.0 Turbo ou mesmo um 1.2 Turbo, como atualmente.
Em lugar disso, o vendedor deve lhe apresentar pacotes de bateria e autonomia para os carros que a General Motors estarão vendendo na ocasião. Isso se ainda existirem concessionárias Chevrolet, dado o sucesso da Tesla em vender pela internet.
De qualquer forma, não se trata de um vislumbre fantasioso, mas de uma realidade que a GM anunciou globalmente hoje. A empresa pretende ser um fabricante mundial de carros elétricos, atuando nos mercados onde estiver com veículos puramente movidos por energia.
O movimento não é estranho, dada a proposta atual da montadora em eletrificar sua gama de produtos. Nos próximos cinco anos, a empresa lançará 30 modelos, sendo 20 nos EUA e 10 na China. Mas, isso é apenas o começo. A GM pretende ser uma companhia com carbono neutro em 2040.
Até 2035, todas as fábricas usarão energia renovável e isso significará um esforço hercúleo para deixar as redes de energia atuais, que usam carvão, petróleo e urânio, usando assim redes que venham de fontes limpas.
O portfólio das marcas da GM serão focados em energia, sendo que a Chevrolet deverá eliminar os motores a combustão também no Brasil, algo que não é de todo estranho, dada a estratégia da montadora como um todo.
Nesta semana, comentamos sobre a produção de carros elétricos da Stellantis no Brasil e, sem dúvidas, a partir de 2035, as coisas ficarão mais difíceis para as montadoras instaladas no país. Não se trata apenas da questão técnica, mas da filosofia das empresas.
A GM, nesse caso, já está definindo que até 2035, seu portfólio global será 100% elétrico e não deverá abrir mão dessa meta nem no Brasil. Até lá, muita água vai passar por debaixo da ponte, visto que atualmente a empresa conta com três fábricas de carros no país e outra na Argentina.
Fora isso, a GM tem plano futuro de atuar como fornecedora de serviços com automóveis, não tendo a venda como atividade fim. Por ora, a montadora vai buscar uma transformação progressiva na cadeia de suprimentos, processos industriais e parcerias com revendedores e fornecedores, visando uma atividade sustentável até 2035. Então, daqui a 15 anos, o sucessor do Onix será um modelo 100% elétrico, assim como os demais.