A GWM, ou Great Wall Motors, marca chinesa que está, literalmente, aquecendo os motores para entrar no mercado brasileiro, confirmou quais serão os primeiros passos da empresa quando iniciar seus negócios por aqui. Em entrevista ao Automotive Business, Pedro Betancourt, diretor de relações externas e governamentais da empresa, foi categórico.
“Teremos híbridos e elétricos já no começo da nossa operação no Brasil”, sintetizou para, na sequência, justificar a escolha estratégica da marca. “A estratégia global da Great Wall está baseada na inovação constante, e no Brasil não será diferente. Portanto, não teremos produtos tropicalizados, que são destinados só ao Brasil. Vamos oferecer aqui o que temos de melhor lá fora. Por isso, é natural que tenhamos híbridos e elétricos por aqui”.
O cronograma traçado pela alta cúpula da montadora chinesa está dividido em duas partes: o início das vendas e o início da produção. Segundo o executivo, a ideia da Great Wall é entrar na disputa por um lugar no mercado já no segundo trimestre de 2022, a princípio com modelos importados da China. O segundo passo, que é o da fabricação em solo brasileiro, deverá ser dado apenas em 2023.
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“Herança” da Mercedes-Benz
Dentro do planejamento de trabalho está a transferência das instalações da antiga fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, interior de São Paulo, para as mãos da GWM. E isso deve ocorrer dentro de pouco tempo: segundo o executivo, a cerimônia oficial está marcada para acontecer ainda este ano, entre os dias 13 e 17 de dezembro, mas ainda faltam detalhes a serem acertados.
“Ao adquirir a fábrica, a Great Wall comprou apenas ativos fixos. Não compramos licenças de funcionamento, sistemas de faturamento, habilitações já existentes. Portanto, temos de começar do zero para conseguir tudo isso. E já enfrentamos muita burocracia, pois, às vezes, algumas coisas simplesmente não avançam”, lamentou.
Os primeiros modelos
A GWM ainda não confirmou de maneira oficial quais serão os primeiros modelos vendidos no Brasil, mas rumores apontam para as mais diversas direções. Recentemente, foi ventilado que o primeiro a rodar por aqui será a picape média Poer, que viria para brigar com modelos como Nissan Frontier, Chevrolet S10, Volkswagen Amarok e a líder de mercado, Toyota Hilux.
Os últimos comentários, no entanto, abriram o leque e colocaram um SUV como potencial candidato a abrir os trabalhos da montadora no Brasil: o Haval H6 Hybrid. Esse plug-in tem sob o capô um motor 1.5 turbo a gasolina, combinado com um elétrico, totalizando potência de 243 cavalos e 54 kgfm.
Uma terceira opção que ganhou força nos bastidores é o chamado “Fusca chinês”, que já vimos por aqui sob o nome Ballet Cat, mas que também é chamado de Punk Cat, e é fabricado pela ORA, braço da Great Wall Motors.
Além das linhas parecidas com as do Fusca original, a versão elétrica e chinesa de um dos maiores sucessos da história da Volkswagen tem equipamentos de ponta e acabamento interno de primeira. Receita ideal para aquecer o coração dos brasileiros, caso pinte por aqui.
Fonte: Automotive Business