Num sinal claro de que o sector não está preparado para deitar a toalha ao chão, o prémio que distingue o automóvel que melhor se adequa ao mercado português, através das avaliações de um painel de 20 jornalistas especializados no ramo, em representação dos respectivos órgãos de comunicação, tem este ano um número recorde de inscritos: 35 estão a concurso para as classes. Já para o galardão máximo, há 26 modelos na corrida.

O prémio volta, assim, à estrada, com o arranque dos testes dinâmicos, com os diferentes modelos a concurso, ao longo dos quais serão avaliados, entre outros, parâmetros como estética, performances, segurança, fiabilidade, preço e sustentabilidade ambiental. Em análise estarão 35 versões distribuídas por seis classes (Citadino, Familiar, Desportivo/Lazer, SUV Compacto, Eléctrico e Híbrido), sendo as mais expressivas as dedicadas às propostas electrificadas, reflexo do investimento dos fabricantes na área. Daqueles, 26 integram os candidatos a Carro do Ano.

Além da atenção dada ao automóvel, a tecnologia volta a estar em destaque, com um prémio específico, para o qual a organização selecciona cinco dispositivos que serão avaliados pelos jurados.

Na última edição, o Toyota Corolla foi coroado Carro do Ano, tendo ainda conquistado a classe dos híbridos. Nas restantes classes, o Peugeot 208 sagrou-se Citadino do Ano com o GT Line 1.2 Puretech de 130cv, com caixa automática EAT8; o Skoda Scala, servido pelo motor a gasolina 1.0 TSI de 116cv e caixa automática DSG, na versão de equipamento Style, foi Familiar do Ano; o Hyundai Ioniq EV distinguiu-se como Eléctrico do Ano, depois de, no ano passado, ter passado a propor o automóvel com baterias de maior capacidade, aumentando assim a autonomia de uma só carga para mais de 300 quilómetros; e o potente BMW 840d xDrive Cabrio foi eleito Desportivo do Ano. Entre os SUV, a classe dos Compactos foi conquistada pelo Kia XCeed 1.4 TGDi Tech, enquanto o segmento dos Grandes SUV foi liderado pelo Seat Tarraco 2.0 TDi 150cv Xcellence.

Sector reage contra a pandemia

Primeiro, foi a crise financeira de 2007/2008, que levou as marcas automóveis a uma depressão profunda. Depois, quando a indústria voltou a reviver dias de euforia, com um crescimento acentuado a partir de 2015, o anúncio do Brexit veio baralhar as contas. Mas, há um ano, mesmo com quebras, as expectativas mantinham-se elevadas. Até que o surto do novo coronavírus obrigou todo o sector a parar: primeiro, por causa dos confinamentos decretados um pouco por todo o globo; depois, porque começaram a faltar nas fábricas componentes vindos de países mais afectados pelo SARS-Cov-2. A maioria não baixou os braços: alocou as suas frotas à emergência médica ou substituiu os carros por ventiladores nas linhas de produção. No entanto, as perdas foram avultadas: só em Portugal as vendas caíram cerca de 40%.

No entanto, e apesar de estarem a reinventar-se, quer na forma como apresentam os produtos, quer na maneira como os comercializam, a indústria mostra sinais claros de acreditar que o regresso aos lucros vai acontecer em breve, até porque, com o surto, a opção pelo transporte individual voltou a estar entre as preferências de muita gente.

Tudo isto explica o número recorde de inscrições, num prémio que, “apesar das vicissitudes”, optou por manter a edição anual, num “momento tão crítico e desafiante”, descreve a organização, a cargo da SIC Notícias e o do semanário Expresso. Além destes dois órgãos, o júri integra as revistas especializadas Auto Foco e Carros e Motores, os sites Motor 24, Razão Automóvel e Volante, o desportivo Record, os generalistas Correio da Manhã, Diário de Notícias e PÚBLICO, o económico Jornal de Negócios, as revistas ACP, Exame Informática e Visão, os canais de televisão RTP, SIC Caras e TVI e as rádios Renascença/RFM e TSF.

CLASSES DO CARRO DO ANO

Citadino do Ano     

Hyundai i10 1.0 T-Gdi N-line
Hyundai i20 1.2 MPI 84cv Comfort
Honda e Advance
Toyota Yaris Hybrid Premier Edition

Desportivo / Lazer do Ano        

Alfa Romeo Stelvio Quadrifoglio 2.9 V6 Bi-Turbo 510cv AT8 Q4
Cupra Formentor 2.0 TSI 310cv
Suzuki Swift Sport 1.4 Boosterjet Mild Hybrid 48V
Volkswagen Golf GTI

Eléctrico do Ano

Citroën ë-C4 Shine
Fiat 500e Cabrio 87kW 118cv La Prima
Kia e-Niro
Mazda MX-30 e-Skyactiv 145cv First Edtion
Opel Corsa-e Elegance
Peugeot e-2008 GT
Volkswagen ID.3 Plus

Familiar do Ano        

Audi A3 30 TFSI S-Line
Citroën C4 1.2 Puretech 130 EAT8 Shine
Honda Jazz 1.5 HEV Executive
Hyundai i30 SW 1.0 TGDI N-Line
Seat Leon 1.5 eTSI FR DSG 150cv
Škoda Octavia Break 2.0 TDI Style 150cv DSG

SUV Compacto do Ano    

Ford Kuga 2.0 MHEV Diesel ST-Line X
Ford Puma ST Line 1.0 Ecoboost 125cv
Hyundai Kauai 1.0 TGDi Premium 2020
Hyundai Tucson 1.6 TGDI 48v MT Vanguard
Škoda Kamiq 1.0 TSI STYLE 116cv DSG

Híbrido do Ano

Honda Crosstar 1.5 HEV Executive
Jeep Renegade Limited 1.3 Plug In Hybrid 190cv
Kia XCeed PHEV 1.6 Gdi 6DCT PHEV First Edition
Hyundai Tucson HEV Vanguard
Opel Grandland X Hybrid Ultimate
Renault Captur E-TECH PHEV 
Seat Leon 1.4 PHEV 204cv DSG
Toyota Yaris Hybrid Premier Edition
Volkswagen Golf GTE

Candidatos a Carro do Ano/Troféu Volante de Cristal 2021

Alfa Romeo Stelvio Quadrifoglio
Audi A3
Citroën C4
Cupra Formentor
Fiat 500
Ford Kuga
Ford Puma
Honda Crosstar
Honda e
Honda Jazz
Hyundai i10
Hyundai i20
Hyundai i30
Hyundai Kauai
Hyundai Tucson
Jeep Renegade
Mazda MX-30
Peugeot 2008
Renault Captur
Seat Leon
Škoda Kamiq
Škoda Octavia
Suzuki Swift Sport
Toyota Yaris
Volkswagen Golf
Volkswagen ID.3

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