Depois de quatro anos de mercado, nada mais esperado que uma marca promover pequenas alterações em um modelo para reanimar as vendas. No caso do SUV compacto C-HR, a Toyota mexeu um pouco mais que o normal. Principalmente no trem-de-força, que passa a ser sempre híbrido com duas opções de motorização.

Foto: Divulgação
Toyota C-HR

Além do motor 1.8, que já equipava a versão híbrida original de 122 cv, o C-HR tem agora um conjunto mais forte, de 184 cv, usando um motor térmico de 2.0 litros de 154 cv – ligeiramente diferente do usado no Corolla brasileiro, que é flex e rende 177 cv. A Toyota aproveitou sua condição de líder na produção de modelos híbridos para concentrar seus esforços no conceito de eletrificação.

Para a linha 2020, a marca trabalhou em três frentes: estética, desempenho e conectividade. Na parte visual, o C-HR já havia superado, desde seu lançamento em 2016, a tradicional desvantagem dos modelos da marca, de apresentar estilo não muito ocidental. Esta característica manteve as vendas da Toyota em níveis modestos, pois atraía apenas os apaixonados pela marca.

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Toyota C-HR

Isso mudou com a apresentação do C-HR, o que permitiu que um público mais amplo se aproximasse do fabricante japonês. Tanto que o C-HR foi um sucesso de vendas imediato. A nova estética convence, especialmente porque é muito semelhante ao modelo anterior.

Importante é o conjunto ótico, que agora integra as setas e adota leds tanto na frente quanto na traseira. No interior, elementos que costumavam ser de plástico duro tornam-se mais suaves e a qualidade percebida a bordo do carro é maior. O C-HR manteve a fórmula de juntar bom custo, confiabilidade, tamanho bem adaptado ao uso urbano e estilo atraente.

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Toyota C-HR

No Brasil, a marca fez alguns estudos com o modelo, mas chegou à conclusão que ele tem pouco espaço na parte traseira, tanto para os passageiros quanto para a bagagem. A ideia agora é fazer algo semelhante ao que a Renault fez com o Captur, que adotou a plataforma do Duster e ficou 21 cm maior que o original francês.

No caso da Toyota, o C-HR manteria a mesma plataforma TNGA – usada também no Corolla , mas mudaria um pouco as proporções da coluna central para trás. A motorização seria a mesma usada no Corolla híbrido 1.8, semelhante ao usado no modelo básico do C-HR na Europa.

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Toyota C-HR

Além de resolver a equação da motorização, o mundo dos SUVs mudou em outros aspectos ao longo dos anos. As necessidades dos clientes mudaram e agora, com a nova versão 2020 do C-HR, a
Toyota finalmente deu importância à conectividade. O crossover agora integra ao sistema de infoentretenimento os módulos Android Auto e Apple CarPlay.

MOTORIZAÇÃO

O novo motor combinado de 2.0 litros e 184 cv promete um desempenho impressionante. Em relação à capacidade térmica (percentual da energia gasta que efetivamente se transforma em movimento), ele tem um índice de eficiência de 41%, bem acima dos 30, 35% dos motores tradicionais. Segundo a marca, o consumo em ambiente urbano pode chegar a 25 km/l.

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Toyota C-HR

IMPRESSÕES AO DIRIGIR

Os altos e baixos e as curvas em torno da cidade de Cascais, em Portugal, colocaram uma boa pressão sobre a plataforma TNGA que sustenta o Toyota C-HR. É uma arquitetura com um centro de gravidade reduzido, o que ajuda na estabilidade. As promessas em relação ao bom desempenho do motor são confirmadas quilômetro após quilômetro.

Também cúmplice neste dinamismo, o sistema de suspensão foi recalibrado para suportar um estilo de condução potencialmente mais agressivo, inspirado pela motorização híbrida 2.0. Não há escassez de recursos no Toyota Safety Sense, um pacote inteiro de ferramentas de segurança, presente até mesmo as versões mais simples.

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Toyota C-HR

Claro que há de se lidar com o câmbio e-CVT e seu inescapável “efeito scooter”, mas é algo intrínseco a este tipo de transmissão. O motor de ciclo de Atkinson combinado com elétrico tem reações progressivas, mas não apresenta a disposição esperada para um mundo que olha aos turbo. De qualquer forma, os 184 cv estão presentes.



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