Faz quase dois anos que a Honda planeja o lançamento de carros híbridos no Brasil. O primeiro dessa ofensiva será o Honda Accord Touring Hybrid, previsto para chegar já nos próximos meses. E ele entrega média de consumo acima dos 24 km/l.
Clique aqui e assine Quatro Rodas por apenas R$ 7,90.
O sedã grande chegará importado dos Estados Unidos com visual atualizado em relação ao modelo vendido atualmente no Brasil, com motor 2.0 turbo de 256 cv e câmbio automático de 10 marchas. Terá nova grade frontal, novas opções de rodas e novos faróis de led. Mas o que chama atenção é a mecânica.
O sistema lembra bastante a tecnologia e:HEV presente na nova geração do SUV Honda HR-V. Isso porque tem um motor 2.0 a gasolina de ciclo Atkinson e naturalmente aspirado que entrega até 145 cv (a 6.200 rpm) e 17,8 kgfm (a 3.500 giros), além de dois motores elétricos, sendo que um deles atua apenas como gerador de energia.
Conforme acontece em outros híbridos, o motor gerador não se conecta diretamente às rodas. Sua função é captar a energia vinda do 2-litros e distribuí-la para o segundo motor ou para armazenagem nas baterias.
O motor elétrico de tração, por sua vez, está ligado ao diferencial e, este sim, faz a transmissão direta da força às rodas. Ele pode ser alimentado pelo motor a combustão ou pela bateria, sempre via gerador. O motor 2.0 a gasolina, por sua vez, se encarrega de fazer o gerador funcionar, mais ou menos conforme acontece com o sistema e-Power da Nissan.
Uma diferença importante na comparação com o sistema da fabricante conterrânea é que o motor a gasolina pode transmitir força às rodas sem intermediários, através do acoplamento momentâneo a uma embreagem multidisco com relação única de marchas. Isso se dá especialmente em velocidades de cruzeiro.
Ou seja, o Accord Hybrid opera 100% com eletricidade nas arrancadas e retomadas, além de trechos de declive. Até porque o propulsor elétrico é o mais potente dos três motores: entrega 184 cv de potência e 32,1 kgfm de torque. A velocidades médias ou em acelerações mais fortes, o motor a combustão entra em ação apenas para garantir energia para esse motor elétrico.
Com essa estratégia foi possível eliminar a necessidade de câmbio. A relação única para uso do motor a gasolina é própria para velocidades mais altas e se for necessário ter mais potência o motor elétrico dá um apoio moral a ele. Se é estranho? Confira nossas primeiras impressões com ele clicando aqui.
A promessa desse sistema é entregar eficiência térmica de 40% e consumo acima de 20 km/l em ciclos combinados. QUATRO RODAS apurou que o sedã já está homologado no Brasil com consumo médio de 24,2 km/l. Para efeito de comparação, o Accord 2.0 turbo foi homologado com consumo de 13,5 km/l e o híbrido tem 1.555 kg, apenas 8 kg a mais.
Fato é que o Accord é mais econômico que o Toyota Corolla Hybrid, cuja média foi de 21,3 km/l sob as mesmas condições (e também com gasolina brasileira). Por outro lado, benefícios fiscais a híbridos podem ajudar a compensar os preços do Accord, que custa hoje R$ 257.900 ainda na versão antiga.
Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital.