Desde o ano passado, roda pela Europa e Ásia uma nova geração do Honda Fit, com propulsão híbrida – um motor a gasolina e dois elétricos – que, juntos, fazem com que consiga percorrer até 30 km com apenas um litro de combustível. 

Aqui no Brasil, o compacto Honda Fit saiu de linha em dezembro último, sendo substituído pela versão hatch do novo City, deixando um considerável contingente de admiradores melancólicos. Conhecendo essa evolução europeia do modelo, talvez a melancolia se transforme em inveja.  

Enquanto na China, onde também é produzido, o Life (é, lá o nome é esse outro) ainda é oferecido, também movido apenas a combustível – configuração que se repete em outros países asiáticos –, na Europa, o Jazz (para não confundir, vamos passar a tratar o carro como Fit, ok?) é somente híbrido. 

Isso porque ele faz parte da estratégia da Honda para eletrificar toda a sua linha no continente em breve. Para isso, ele vem equipado com os tais dois motores elétricos, que juntos rendem 109 cv de potência, combinados com um 1.5 de quatro cilindros a gasolina que produz 97cv. Juntos, também, entregam 25,7 kgfm de torque. Nada mau. 

A bateria é de íons de lítio e é recarregada pelo próprio motor a combustão (o carro não é do tipo plug-in, daqueles que se liga na tomada) e o sistema inteligente alterna a origem da força de acordo com a demanda. No trânsito pesado, ele pode rodar algum tempo apenas com a eletricidade. 

Já nos momentos em que mais potência é necessária, entram em ação todos os dispositivos. Segundo a Honda, ele é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,4 segundos, chegando a uma velocidade máxima de 175 km/h. E, como todos os híbridos, é mais econômico no ciclo urbano do que na estrada. 

Só na gasolina, na rodovia, a média fica em “normais” 14,5 km/litro. Na cidade, a média pode chegar aos 30 km/litro. Diferentemente do modelo que conhecíamos, o Fit híbrido não tem um câmbio automático do tipo CVT, mas sim uma transmissão eletrônica com controle inteligente de potência – mais próxima da usada em carro puramente elétricos.  

No mais, o carrinho em sua versão atual incorpora todos os recursos que chegaram aos outros modelos da Honda nesses últimos tempos, tanto em termos de conectividade (com wi-fi), quanto de segurança – como boa parte do “pacote” Sensing, com sensores, frenagem autônoma etc. – e um conjunto de 10 (!) air-bags, incluindo um central dianteiro para proteger as cabeças dos ocupantes. 

Isso e mais o espaço interno e a flexibilidade de configuração interna que faz a fama do Fit – e que, na prática, é o único item em que o hatch que o substituiu não conseguiu superar.

Mesmo com uma pequena redução, por conta da bateria e motor elétrico na traseira, o porta-malas na posição normal comporta 298 litros, chegando a 1.203 com os bancos rebatidos. Quase um furgãozinho. 

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