O Brasil é um dos poucos países que tem a família Fit quase completa. Dos cinco modelos diretamente derivados do hatch compacto, contamos com três. Competimos apenas com o Japão em quantidade de filhos do Fit vendidos na mesma concessionária, já que por lá apenas o WR-V não é oferecido.

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Atualmente a família Fit é constituída pelo hatch, o sedã City, os SUVs WR-V e HR-V, a minivan Freed e a perua Shuttle. Enquanto City, WR-V e Freed tem poucos elementos visuais em comum ao Fit, a Shuttle e o WR-V não negam suas origens. E é sobre a perua do Fit vendida apenas no Japão que vamos descobrir mais hoje.

Fit grandão

Ela nasceu em 2011 quando a segunda geração do Fit completava seu quarto ano de vida. Seu lançamento deveria ter ocorrido em junho, porém um terremoto que obrigou a Honda a trocar a fábrica em que a perua seria produzida adiou sua estreia para março. Originalmente batizada de Fit Shuttle, ela recebeu novos para-choques na dianteira na tentativa se se diferenciar do irmão.

A mudança ocorria da coluna C para trás, onde a perua recebia um incremento de 31 cm. O entre-eixos era mantido assim como o recorte do vidro da porta traseira. Para disfarçar o novo volume, a Honda deu à perua uma coluna estilo barbatana, como no Citroën DS 3.

A traseira tinha desenho básico muito semelhante ao do Fit, incluindo o desenho das lanternas e da tampa do porta-malas. As vigias laterais eram integradas ao vidro traseiro, como no Ford EcoSport. O para-choque rente à tampa do porta-malas mantinha o clássico problema de amassados na traseira do Fit.

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A primeira geração da Fit Shuttle foi equipada com três motores diferentes. As versões de entrada usavam o mesmo 1.5 quatro cilindros aspirado do Fit brasileiro. Havia ainda uma opção diesel 1.5, mas o grande destaque era a variante híbrida. Ela trazia motor 1.3 associado a um elétrico para baixar o consumo para a casa dos 23 km/l. As opções de câmbio variavam: manual de seis marchas ou CVT sem simulação de marcha.

O divórcio

Em 2015, dois anos depois da estreia da terceira geração do Fit, a perua mudou. Agora apenas Honda Shuttle, ela ganhou dianteira exclusiva para tentar se afastar da imagem de perua do Fit. No entanto, tal qual o WR-V, mantém interior e portas completamente idênticas às do hatch, não negando suas origens.

Inspirada no Civic, ela ganhou faróis full-LED logo na estreia, algo que o Fit só foi ter na reestilização. Eles são acompanhados pelo friso cromado da grade que parece os rasgar. O para-choque é diferente do hatch assim como o capô, com linhas mais esportivas que as do Fit.

Ao manter as portas traseiras do Fit, a Honda precisou ser criativa novamente na solução do terceiro vidro. Ao invés das colunas de DS 3, a marca japonesa apelou para corte irregular que deixa o visual da perua pesado. Como na geração anterior, as janelas laterais são integradas ao vidro traseiro.

Enquanto o Fit tem extensões das lanternas traseiras correndo ao lado do vidro, a Shuttle preferiu apostar na receita do WR-V e espichar suas luzes pela tampa do porta-malas. Uma barra cromada liga as duas metades das lanternas e emoldura a placa. A cabine é idêntica à do Fit vendido no Brasil, salvo o porta-malas maior com divisões de carga.

Na nova geração da Shuttle, a Honda fez algumas mudanças nos motores. Todos passaram a ser 1.5, tanto com gasolina, quanto diesel e híbrido. A potência varia entre 130 cv (gasolina) e 137 cv (híbrido). As versões a combustão tem câmbio manual de seis marchas ou CVT, já a perua híbrida do Fit tem transmissão de dupla embreagem com sete marchas. Segundo a Honda, o consumo é de 34 km/l.

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