Alessandro Capitani estará na noite desta terça, 2, no Auditório Ibirapuera. Veio para a abertura do 16º Festival de Cinema Italiano, com seu longa, I Nostri Fantasmi. O festival deste ano será híbrido, com exibições nas salas e online, todas gratuitas. Capitani está na casa dos 40, mas parece mais jovem. Conversa com a reportagem do Estadão no lobby do Petra Belas Artes, onde ocorrerão as demais sessões presenciais, a partir de quinta, 4. Ao fundo, na parede, tem aquele painel com cartazes de filmes italianos. Ele identifica o de Sacco e Vanzetti, com Gian Maria Volontè e Riccardo Cucciolla. “Giuliano Montaldo (o diretor) foi meu mestre. No primeiro dia, levou-nos à casa dele para o café da manhã. As aulas tinham esse lado informal, afetivo. Circulávamos pela casa.”

Os Nossos Fantasmas começou a nascer quando ele trabalhou, há muitos anos, num programa de TV de Domenico Iannaconi, Os Dez Mandamentos. “O episódio acompanhava um notário que desalojava pessoas de suas casas, prioritariamente pela falta de pagamento. Comecei a pensar no que ocorreria se as pessoas não saíssem.” E assim foi surgindo a história de Myriam, que foge com a filha do marido abusivo e aluga um apartamento em Turim. No sótão vive o desempregado Valerio com o filho. A dupla é interpretada por Michele Riondini e Hadas Yuron. Na Itália são conhecidos da TV, ela, das séries. Caro, o garoto, de 6 anos, foi escolhido num casting. É bom demais.

Para afugentar os moradores, pai e filho criam uma espécie de jogo. Vestem-se de fantasmas. Capitani confessa que não gosta de fazer filmes monotemáticos. O dele percorre diversos gêneros – comédia romântica, drama social, cinema da infância, um tanto de suspense, outro de horror. Os verdadeiros fantasmas da história são os internos dos personagens, ela, sofrendo com a violência doméstica, ele, viúvo, às voltas com o desemprego. “Na Itália, o público percebeu isso melhor que a crítica. Quase ninguém explorou esse aspecto do filme”, informa. Os Nossos Fantasmas é um dos 16 longas inéditos que compõem a programação do festival deste ano, e um dos oito – a metade – que estiveram em Veneza. Passou na mostra Noites Venezianas.

O streaming será o do Belas à La Carte. Além da programação inédita, o evento, que vai até 5 de dezembro, contempla uma retrospectiva com outros 16 títulos – clássicos -, sob a bandeira das Mais Belas Trilhas do Cinema Italiano, a cargo de compositores como Nino Rota, Ennio Morricone, Nicola Piovani, Riz Ortolani e Piero Piccioni, em filmes como Os Palhaços, de Federico Fellini, Era Uma Vez na América, de Sergio Leone, O Pássaro das Plumas de Cristal, de Dario Argento, Mimi, O Metalúrgico e Amor e Anarquia, de Lina Wertmuller, e Advertência, de Damiano Damiani. A sessão desta noite, às 20h30, é para convidados, com direito a drinks antes e a um coquetel, depois.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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