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Design exibe mais vincos e volumes Divulgação/Audi

Cada geração do A3 que chega ao mercado causa a impressão de que nada mudou. A sensação é de que o novo modelo é igual ao anterior. Isso, porém, não impede que o A3 seja um modelo de sucesso em escala planetária.

Painel digital com pouquíssimos botões e reforço do elenco de motores híbridos são as principais novidades do carro que chega agora à Europa e, mais dia, menos dia, ou – para ser mais realista -, mais meses, menos meses, desembarcará no Brasil.

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Lanternas traseiras de led ficaram mais horizontais Divulgação/Audi

Ainda não existe data oficial, mas a expectativa é de que a estreia seja no ano que vem. Por enquanto a Audi renovou apenas a versão hatch do modelo. A sedã está prevista para o fim deste ano na Europa.

O lançamento mundial do novo A3 aconteceu em Granada, na Espanha, antes de o país fechar suas fronteiras e se isolar para o tratamento do coronavírus.

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Hatchback cresceu 3 cm no comprimento Divulgação/Audi

Externamente, o design do A3 mostra muitos vincos e volumes em qualquer região que se olhe.

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Chama a atenção a nova grade hexagonal ladeada por faróis de led com funções avançadas de iluminação customizada (Matrix digitais nas versões mais caras), como a 35 TFSI S-Tronic avaliada.

As dimensões cresceram 3 cm, no comprimento, e 3,5 cm, na largura, mantendo a altura e a distância entre-eixos.

Comandos por gestos 

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Divulgação/Audi

Quem vê o carro por fora, nota que ele ficou maior. Por dentro, ainda que o espaço para pernas permaneça igual, houve ganhos na altura, por conta dos assentos terem ficado um pouco mais próximos do piso do carro.

Os bancos traseiros continuam a ser mais altos do que os dianteiros para gerar o efeito de anfiteatro.

Quem viaja atrás ainda sofre com o túnel da transmissão no meio do carro. O porta-malas conserva os 380 litros anteriores.

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Os bancos são esportivos não só no design mas também na firmeza da espuma e abrem mão de recursos como ajustes elétricos, apoio lombar, aquecimento e massagem.

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O interior ganhou em modernidade graças ao painel digital, com tela de 10,25”, e à central multimídia de 10,1”, que é levemente direcionada para o motorista e incorpora a quase totalidade de funções de bordo.

Sobram apenas uns poucos botões físicos, como os comandos de ar-condicionado, sistemas de tração/controle de estabilidade e os que existem no volante.

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O lado esportivo do A3 se manifesta na posição de dirigir e em detalhes como o visual das rodas aro 18 e da grade tipo colmeia Divulgação/Audi

A nova e mais potente plataforma eletrônica (MIB3) permite que o A3 disponha de funções como comandos de voz, reconhecimento de escrita e navegação por GPS com informações em tempo real, além da capacidade de interação com a infraestrutura das vias, quando esse tipo de recurso está disponível.

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Há também um head-up display (que estreia a bordo do A3) e um seletor de marchas shift-by-wire para o câmbio automático de sete marchas. O controle rotativo do volume do áudio obedece a comandos por gestos, reagindo a movimentos circulares dos dedos.

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A nova grade hexagonal se destaca na dianteira Divulgação/Audi

Como era de esperar desde o aparecimento das plataformas modulares, cada vez mais os novos modelos usam estruturas iguais às de suas gerações anteriores.

E esse é o caso do A3, que foi o primeiro veículo a usar a plataforma MQB, entre os carros das marcas do Grupo VW, na geração anterior, lançada em 2012.

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Sistema de ar-condicionado ainda tem botões físicos Divulgação/Audi

O A3 mostrado agora é um exemplar da quarta geração. Temos, então, a conhecida suspensão McPherson, no eixo dianteiro, e multibraços, no traseiro, na versão apresentada aqui, e McPherson e eixo de torção, respectivamente, nas versões mais simples, tal como acontece com o VW Golf ou o Mercedes Classe A.

A 35 TFSI tem também o sistema de amortecimento variável (com a altura em relação ao solo reduzida em 10 mm).

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Nós, brasileiros, ainda não estamos familiarizados com a nova nomenclatura dos modelos Audi, que já não é tão nova assim e que usa números que variam de acordo com as faixas de potência dos motores.

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Bancos mais baixos liberaram espaço na altura Divulgação/Audi

O A3 35 TFSI é um híbrido parcial (Mild Hybrid), equipado com um motor 1.5 de quatro cilindros em linha, com 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque, ajudado por um motor elétrico que também é o alternador do carro.

O 35 TFSI tem sistema elétrico de 48 V e uma pequena bateria de íons de lítio para que, nas desacelerações ou frenagens leves, possa recuperar energia (até 12 kW) e também gerar um máximo de 9 kW e 5,1 kgfm nas arrancadas e retomadas de velocidade em regimes intermediários.

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Motor 1.5 gera 150 cv de potência Divulgação/Audi

Além de permitir que o A3 role livre até 40 segundos com o motor desligado. Segundo a fábrica, esse recurso gera uma economia de combustível de 1 litro a cada 200 km rodados. Na prática, dá mesmo para sentir esse impulso elétrico nas retomadas.

A versão 35 conta com seletor dos modos de dirigir que, além das respostas do motor e da transmissão, modifica também os comportamentos da suspensão, por meio do amortecimento variável; e da direção, alterando a assistência e a relação.

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No porta-malas cabem 380 litros Divulgação/Audi

São cinco modos: Comfort, Auto, Dynamic, Efficient e Individual.

Em nosso roteiro de test-drive, com muitos trechos de estrada em zigue-zague, a diversão foi total quando selecionei o modo Dynamic (que também ajusta o controle seletivo de torque nas rodas dianteiras para diminuir a tendência a sair de frente).

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No encosto dos bancos, há o emblema que identifica a versão S-Line bordado Divulgação/Audi

Mas, no dia a dia, provavelmente fará mais sentido mantê-lo no modo automático e deixar o software fazer os cálculos necessários para as respostas mais acertadas para cada situação e a todo momento.

Segundo a Audi, o A3 35 TFSI acelera de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos e chega aos 224 km/h de velocidade máxima. O consumo médio é de 17,5 km/h em circuito misto.

Na prática, o que se vê é que, apesar de não aparentar mudanças visuais profundas, o novo A3 evoluiu bastante, ainda mais nesta versão híbrida, que, além dos recursos eletrônicos que controlam suspensão e direção, ainda conta com o auxílio do motor elétrico, que lhe garante maior eficiência.

Ficha Técnica

  • Preço: 32.000 euros (R$ 183.360)
  • Motor: híbrido parcial, gasolina, 4 cilindros, diant., transv., 16V, turbo, inj. direta, 1.498 cm³, 150 cv a 5.000 rpm, 25,5 kgfm a 1.500 rpm
  • Câmbio: automatizado, 7 marchas, dianteiro
  • Direção: elétrica, diâm. de giro, 11 m
  • Suspensão: McPherson (diant.); multibraços (tras.)
  • Freios: disco ventilado (diant.)/sólido (tras.)
  • Pneus: 225/40 R18
  • Dimensões: comprimento, 434,3 cm; largura, 181,6 cm; altura, 144,9 cm; entre-eixos, 263,6 cm; peso, 1.395 kg; porta-malas, 380 l; tanque, 50 litros
  • Desempenho: 0 a 100 km/h em 8,4 s; velocidade máxima de 224 km/h

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