Os apoios à compra de carro elétrico vão voltar em 2021, num formato que deverá ser muito semelhante ao atual, com incentivos para os particulares e para as empresas.
“Para 2021, será dada continuidade aos incentivos atribuídos com o objetivo de promover o aumento do parque nacional de veículos elétricos, particulares e de empresas”, referem as Grandes Opções do Plano 2021-2023 (GOP 2021-23), a que o Dinheiro Vivo teve acesso.
O documento, aprovado na passada quinta-feira na reunião do Conselho de Ministros, traça as grandes linhas de atuação do Executivo até 2023, ou seja, o fim da atual legislatura.
No capítulo da mobilidade, além da manutenção dos incentivos à compra de elétricos, o Governo pretende dar “continuidade ao Programa de Apoio à Mobilidade Elétrica na Administração Pública, apoiando mais 330 veículos elétricos para a administração local”, refere o documento que vai ser ainda avaliado pelos parceiros representados no Conselho Económico e Social (CES).
Também se prevê o alargamento da “rede pública de postos de carregamento enfatizando o carregamento rápido, e consolidação da Mobi.E como entidade gestora da mobilidade elétrica.”
No modelo atual, o Estado dá incentivos de 3 mil euros para a compra de ligeiros de passageiros e de mercadorias a particulares; as empresas também têm um apoio de 3 mil euros na aquisição de comerciais ligeiros e de 2 mil euros na compra de ligeiros de passageiros.
Atualmente, existem cerca 40 mil veículos elétricos e híbridos plug-in a circular em Portugal e que podem utilizar as 3000 tomadas de carregamento disponíveis na via pública, em mais de 760 postos de carregamento.
Os carregadores normais são os mais populares e têm até 22 kWh de potência. Há um total de 654 postos deste género (198 dos quais em espaços privados); os carregadores rápidos têm mais do dobro da potência (50 kWh) e contam com 109 estações, segundo dados da Mobi.E facultados ao Dinheiro Vivo.