O projeto do senador Irajá (PSD-TO) isenta o Imposto sobre Importação dos carros elétricos e híbridos até 31 de dezembro de 2025. Segundo ele, o benefício tributário poderá reduzir o preço final, que ainda é elevado para os padrões brasileiros.
Incentivo para os carros elétricos: senador apresenta projeto que isenta imposto de importação
O Senado pode votar projeto que vai acabar com o imposto de importação para carros elétricos e híbridos. Pela proposta do senador Irajá, do PSD do Tocantins, o benefício fiscal vai valer até dezembro de 2025 e poderá reduzir em até 20% o preço final para o consumidor.
A intenção é incentivar a compra dos eletrificados no mercado nacional, que ainda possui uma margem muito pequena na participação de mercado, sendo de pouco mais de 2%.
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De acordo com a Agência Senado, desde o ano de 2016, o governo federal reduziu ou zerou o tributo para estimular o consumidor brasileiro a adquirir um carro movido à energia limpa. Mas desde o início deste ano, a isenção tributária deixou de valer.
Irajá destacou que 80% da matriz energética do Brasil são de fontes renováveis, a exemplo das hidrelétricas e energias solar, eólica e de biomassa. E que não faz sentido o País não incentivar o uso de veículos elétricos.
O senador argumentou que o Brasil depende da importação de peças para a montagem dos automóveis elétricos ou híbridos.
“Como nós não temos ainda uma indústria que seja consolidada na fabricação de insumos, de componentes, de equipamentos que possam montar esses veículos elétricos híbridos.
Boa parte desses equipamentos são importados da Ásia e da Europa e seria salutar que nós pudéssemos criar, nos próximos três anos, é isso que propõe o projeto, a isenção do imposto de importação desses equipamentos.”
Ainda de acordo com ele, o impacto disso é da ordem de 35% do imposto que é cobrado sobre esses produtos comercializados aqui internamente.
Segundo Irajá, a isenção do Imposto de Importação, que hoje é de 35%, poderá reduzir o preço final, que ainda é elevado para os padrões brasileiros.
O impacto do custo final poderia reduzir na ordem de 10% a 20% o preço desses veículos elétricos e híbridos para o consumidor, uma vez que existe ainda uma distância muito grande entre a viabilidade econômica desses carros de passeio, de motos movidas a matriz elétrica e até de caminhões que já são fabricados no mundo e que não são viáveis.
O preço da frota ainda movida a combustível fóssil é infinitamente menor do que o desses veículos movidos a energia elétrica.
Renault Kwid pode ser usado como exemplo: diferença de preço é de R$ 82,9 mil
O subcompacto francês, Renault Kwid pode ser usado para comprovar a tese de diferença de preços entre um veículo movido a combustível fóssil e energia elétrica. O modelo é o carro mais barato do Brasil tanto no segmento de veículos a combustão, quanto no de elétricos. A diferença de preço entre os dois é de R$ 82.900.
A sua versão de entrada, a Zen, é comercializada por R$ 60.090. Ela adota o motor 1.0 litros SCe, que gera 71 cv de potência no etanol e 68 cv na gasolina. Ela atua em conjunto com a transmissão manual de cinco marchas.
Já entre os elétricos mais baratos, o Kwid E-Tech ganha o posto. Lançado esse mês, o modelo tem preço de R$ 142.990. Ele tem uma autonomia de 265 km em ciclo misto e 298 km em ciclo urbano, segundo a norma SAE J1634 utilizada pelo Inmetro.
A motorização 100% elétrica do Kwid E-Tech tem 48 kW, o que equivale a 65 cv de potência.
Com informações: Senado
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