Depois de lançar o Compass 4xe (veja o teste e o preço) nesta segunda-feira (4), a Jeep aproveitou o que chama de Jeep Day (4/4, uma alusão ao 4×4) para confirmar o segundo modelo híbrido da marca no Brasil. É o Grand Cherokee, previsto para chegar no segundo semestre deste ano.
O modelo, inclusive, já roda em testes pelo país. Por enquanto, apenas a versão 4xe, híbrida plug-in será oferecida em nosso mercado. E as informações oficiais param por aí.
Não há data de lançamento confirmada ou detalhes sobre a faixa de preço que o lançamento deve ocupar. Porém, é possível adiantar algumas coisas sobre o próximo Jeep híbrido do Brasil.
A primeira é o conjunto mecânico. O Grand Cherokee 4xe combina um motor 2.0 turbo a gasolina com outros dois elétricos. Assim, entrega 375 cv e 65 kgfm – números condizentes com os de um SUV de 4,95 m de comprimento e quase três metros de entre-eixos. A tração, obviamente, é nas quatro rodas.
Jeep Grand Cherokee 4xe Trailhawk é a versão com apelo off-road — Foto: Divulgação
Da mesma forma que o Compass 4xe, o Grand Cherokee híbrido consegue percorrer uma distância utilizando apenas os motores elétricos – 40 km, no caso. Isso é possível graças às baterias de 17 kWh. No padrão americano, o consumo médio do SUV é de 23,8 km/l.
A Jeep não informou qual (ou quais) versão do Grand Cherokee será vendida no Brasil. Nos Estados Unidos, onde ele é produzido e já está disponível para o público, são cinco, com preços entre US$ 58 mil (R$ 267,8 mil, na conversão simples) e US$ 74,3 mil (R$ 342,5 mil).
Nossa aposta é que a Jeep vai escolher uma das opções mais caras – Summit ou Overland. Esta última tem a vantagem de já ser a nomenclatura usada no Commander.
Também está muito claro que o Grand Cherokee 4xe será – com sobras – o Jeep mais caro e sofisticado do país. Se o Compass 4xe, também importado e híbrido, custa R$ 350 mil, a tabela do modelo maior pode ficar perto dos R$ 500 mil sem muito esforço.
Mini Renegade elétrico descartado
Jeep elétrico será lançado globalmente em 2023 — Foto: Divulgação
Por enquanto, outros modelos híbridos da Jeep estão descartados para o Brasil. É o caso do Renegade, que ainda não tem a versão eletrificada com o visual atualizado, e do Wrangler 4xe.
O SUV elétrico anunciado pela Jeep no último mês de março também foi descartado pela marca.
“Não cabe um carro elétrico abaixo do Renegade”, explicou Alexandre Aquino, chefe da Jeep no Brasil. De acordo com o executivo, o preço do modelo elétrico seria bem mais alto que o do próprio Renegade.
Jeep elétrico usa uma plataforma para veículos pequenos na Stellantis — Foto: Divulgação
Em outros mercados, ele será lançado em 2023. O “baby Jeep” vai usar a plataforma STLA Small, que, como o nome já diz, é voltada para carros pequenos. Por enquanto, apenas uma projeção foi divulgada. Ela mostra que o veículo será uma espécie de crossover, com linhas mais arredondadas que as do Renegade.
O novo Jeep elétrico é parte da estratégia de eletrificação da Stellantis. Nos próximos anos, todas as 14 marcas do grupo terão produtos híbridos ou elétricos. O objetivo é tornar o conglomerado neutro em emissões de carbono até 2038.
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