Karma pode ver Brasil como alternativa para o futuro - Entenda

Após mais de um século, o automóvel está passando por uma grande transformação. O abandono do motor a combustão, algo impensável há poucos anos, agora é tangível a médio prazo.

A eletrificação é a ordem do dia nos fabricantes de veículos, sejam os mais contundentes defensores da energia, sejam os mais resistentes a ela. O tanque virou uma bateria e o ronco do motor não passa de um zunido.

Neste novo cenário, muitos terão sensação parecida com a de um motorista de um trólebus, mesmo que a grande maioria nunca tenha entrado em um… Mas, nesse “admirável novo mundo”, nem todas as fichas recaem sobre os elétricos.

O hidrogênio é uma alternativa que ainda está na mesa, mas poucos são os que dão as cartas. Na verdade, era uma mesa com três jogadores (Hyundai, Toyota e Honda), porém, um quarto quer entrar no jogo, a Karma Automotive.

Karma pode ver Brasil como alternativa para o futuro - Entenda

Mas, o que tem a ver a fabricante do exótico híbrido americano com o Brasil, ainda mais quando estamos falando em hidrogênio? Metanol. A empresa americana vai apresentar logo mais uma tecnologia que utiliza o álcool extraído da madeira.

Quando falamos em álcool, não há como não lembrar de um país sul-americano, o Brasil. A Karma Automotive pensa, no momento, em usar o metanol como um transportador de hidrogênio para células de combustível, obtendo assim a reação com o ar que produzirá eletricidade.

A Karma pretende mostrar a tecnologia este ano a bordo do sedã elétrico GSe-6, que até agora só apareceu em teaser e usará também a plataforma elétrica E-Flex.

Contudo, a empresa mostrou outra plataforma desse novo carro, onde se alojam num pacote, as células de combustível e as baterias de lítio, tendo ao lado o bom e velho tanque de combustível.

Em parceria com a Blue World Technologies, da Dinamarca, a Karma tem o mesmo objetivo que a Nissan com seu SOFC, usar o combustível vegetal como fonte de hidrogênio e assim não depender da infraestrutura necessária para os elétricos.

Karma pode ver Brasil como alternativa para o futuro - Entenda

Ela também quer evitar a complexidade da manipulação do hidrogênio líquido, partindo para as redes atuais de postos de combustíveis. O etanol ou o metanol, são facilmente abastecidos e não exigem a mesma segurança (e investimento) do hidrogênio.

Onde aparece o Brasil? O país é um dos maiores produtores de etanol e o único a ter o combustível vegetal como uma das matrizes de energia, disponível em todos os cantos do território nacional.

Ainda que o Karma GSe-6 seja um carro premium (e não duvidamos disso), a tecnologia pode ser licenciada a outros fabricantes e ajudar a reduzir os custos da implementação dessa alternativa.

Se a licença for confirmada, a Karma ganhará dinheiro para evoluir e locais como o Brasil, ficarão em evidência nos próximos anos.

[Com informações do Autoblog]

 

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