A Koenigsegg se destaca por fazer carros que passam de 200 km/h no tempo que você leva para falar o nome deles. De tão devotada ao desempenho, a marca sueca apenas fabricava supercarros de dois lugares. Pelo menos até hoje. O fabricante acabou de apresentar o Gemera, um monstro para quatro pessoas.
A casa já havia feito o carro mais rápido do mundo (o Agera R chegou a quase 450 km/h), portanto, o Gemera não poderia deixar de ter um desempenho tão superlativo quanto o seu preço, estimado em algo entre R$ 5 milhões de R$ 8 milhões. Olha que o Gemera foi projetado como um Gran Turismo mais barato que seus primos de marca…
São 1.700 hp, o equivalente a 1.723 cv. A marca diz que o torque equivale a 1,27 megawatt de energia. A grosso modo, isso sustentaria o consumo energético de dezenas de casas.
Para alcançar tal número, o Gemera não tem apenas um motor, mas dois propulsores, elétrico e convencional. Para você ter uma ideia, são três motores elétricos, um para cada roda traseira e outro agregado ao virabrequim do motor convencional, um 2.0 de três cilindros, uma litragem enorme para um propulsor tricilíndrico.
Os 356 kgfm de torque assustam. A força corresponde a mais de 5 vezes o torque máximo do 6.2 V8 do Chevrolet Camaro.
O Koenigsegg roda até 50 km totalmente na eletricidade. E chega a 300 km/h neste modo. Uma velocidade capaz de ultrapassar a esmagadora maioria dos esportivos. Para não atrapalhar a aerodinâmica, os retrovisores foram substituídos por câmeras.
Com toda a força disponível, o desempenho é quase alienígina. A aceleração de zero a 100 km/h é feita em 1,9 segundo. Sim, no singular mesmo! Nem mesmo a Ferrari conseguiu essa marca. A velocidade máxima passa dos 400 km/h. Coisa de Bugatti. E bem mais do que um F1 atinge nos circuitos da competição.
A tração é integral e o eixo traseiro, esterçante. O uso de vetorização de torque permite dar uma beliscada nos freios de cada roda para acertar a dinâmica. Em uma curva, por exemplo, as rodas internas podem ser ligeiramente freadas para deixar as externas fecharem a trajetória. Além disso, o esterçamento traseiro compensa o enorme entre-eixos e diminui o diâmetro de giro.
Mas tudo cercado de confortos mundanos. O espaço para quatro pessoas parece ser melhor do que em outros supercarros. E o acesso é pelas portas dianteiras. Como elas ocupam quase toda a área da cabine e não há coluna central, entrar e sair deve ser mais fácil.
O entre-eixos de 3 metros é digno de um sedã alemão de luxo. Desde que os ocupantes tenham algum treinamento em ioga, uma vez que a altura é diminuta. Esportivos de motor central com banco traseiro são raros, o Lotus Evora é um deles. O truque para obter um pouco mais de espaço foi o uso de um motor de três cilindros. Pequeno, o propulsor não se intromete muito na cabine.
Todos sabem que os compradores norte-americanos são um pouco obcecados por porta-copos. Há quatro somente no console dianteiro e outros quatro atrás, sendo que dois de cada são aquecidos! Dá para levar café, chá, refrigerante e uma água para lavar o gosto de tudo isso.
O sistema de entretenimento tem uma enorme tela flutuante. Mais conectado do que qualquer coisa, há internet com Wi-Fi e dois carregadores sem fio só para o banco de trás.
Os bancos têm estrutura de fibra de carbono e contam com espumas de memória, capazes de guardar o formato do seu corpo com facilidade. Além disso, são três zonas de ar-condicionado. Ninguém vai suar frio, nem diante do nível de desempenho do híbrido.