A Koenigsegg aproveitou o espaço que lhe estava reservado no Salão de Genebra para dar a conhecer o seu primeiro modelo com quatro lugares: o Koenigsegg Gemera, um modelo de superlativos que a marca define como um “mega-GT”.
Descrito como uma “nova categoria de carro” por Christian von Koenigsegg, o Gemera apresenta-se como um híbrido plug-in, conjugando um motor a gasolina com três (!) motores elétricos, um para cada roda traseira e outro ligado à cambota.
Visualmente, o Gemera manteve-se fiel aos princípios de design da Koenigsegg, contando com grandes entradas de ar laterais, pilares A “disfarçados” e até uma frente que foi buscar inspiração ao primeiro protótipo da marca, o CC de 1996.
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O interior do Koenigsegg Gemera
Com uma distância entre eixos de 3,0 m (o comprimento total chega aos 4,98 m), o Koenigsegg Gemera tem espaço para transportar quatro passageiros e respetiva bagagem — no total as bagageiras dianteira e traseira têm 200 l de capacidade.
Uma vez abertas as duas portas (sim, continuam a ser apenas duas) encontramos ecrãs centrais de infotainment e carregadores wireless para os bancos dianteiros e traseiros; Apple CarPlay; internet e até porta-copos duplos para todos os passageiros, um “luxo” pouco habitual num veículo com este nível de performance.
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2.0 l, apenas três cilindros… e sem árvore de cames
Não só o Gemera é o primeiro Koenigsegg de quatro lugares, como é também o primeiro carro de produção — ainda que algo limitada — a ter um motor de combustão sem árvore de cames.
Trata-se de um três cilindros biturbo com 2.0 l de capacidade, mas a debitar uns impressionantes 600 cv e 600 Nm — cerca de 300 cv/l, bem mais que os 211 cv/l do 2.0 l e quatro cilindros do A 45 —, sendo a primeira aplicação do sistema Freevalve que abdica da tradicional árvore de cames.
Designado “Tiny Friendly Giant” ou “Amigável Pequeno Gigante”, este três cilindros da Koenigsegg destaca-se também pelo peso, apenas 70 kg — recordamos que o Twinair, o bi-cilíndrico da Fiat de 875 cm3 pesa 85 kg, para dar uma ideia de quão leve é o 2.0 l do construtor sueco.
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Quanto aos motores elétricos, os dois que surgem nas rodas traseiras debitam, cada um, 500 cv e 1000 Nm enquanto aquele que surge associado à cambota debita 400 cv e 500 Nm. O resultado final é uma potência combinada de 1700 cv e um binário de 3500 Nm.
A assegurar a passagem de toda esta potência ao solo encontramos a transmissão Koenigsegg Direct Drive (KDD) já usada no Regera e que conta apenas com uma relação, como se de um elétrico se tratasse. Ainda nas ligações ao solo, o Gemera conta com quatro rodas direcionais e um sistema de vetorização de binário.
Por fim, ao nível das prestações, o Koenigsegg Gemera cumpre os 0 aos 100 km/h em 1,9s e atinge os 400 km/h de velocidade máxima. Dotado de uma bateria com 800 V, o Gemera é capaz de percorrer até 50 km em modo 100% elétrico e pode alcançar os 300 km/h sem precisar de recorrer ao motor de combustão.
Para já ainda não se sabe quanto é que o primeiro Koenigsegg de quatro lugares vai custar nem quando é que a primeira das 300 unidades serão entregues. A marca refere que os valores de prestações anunciados são ainda provisórios.
