A Honda resolveu passar por cima da pandemia global do Covid-19 e avisou que não adiará o lançamento do E, seu compacto urbano totalmente elétrico, com chegada ao mercado europeu antes mesmo da metade do ano. Apresentado como protótipo nos Salões de Genebra e de Frankfurt em 2019, o Honda E é uma aposta forte da montadora oriental na sua “Electric Vision”. Depois da Europa, o moderno “carrinho” 100% “verde” deve se aventurar por outros mercados, inclusive o brasileiro. Quando da inauguração da fábrica de Itirapina (SP), a Honda prometeu a venda de até três modelos elétricos no Brasil a partir de 2021. Os preços do Honda E partem de 36 mil euros, pouco mais de R$ 200 mil. O modelo acaba de ser reconhecido em um dos prêmios de design mais respeitados do mundo, o “Red Dot Award”, na categoria “Melhor dos Melhores 2020” e na subcategoria “Produtos Inteligentes”.

Em termos de potência, o pequeno Honda E não tem nada de bobo. O modelo tem duas opções de motor, uma de 136 cavalos e outra de 154 cavalos, com torque de 32,1 kgfm – instantâneo, como em todo o elétrico. Com tração traseira, o carro tem autonomia de 300 quilômetros, mais do que suficiente para cumprir com suas obrigações na média de chão percorrido diariamente nos centros urbanos. Conforme a marca japonesa, o Honda E acelera de zero a 100 km/h em 8 segundos. A bateria do compacto de estilo retrô tem capacidade para 35,5 kWh e carregamento rápido, de 80%, estimado pela fabricante feito em 30 minutos.

O interior tem um painel inovador e minimalista, com acabamento amadeirado, com duas telas sensíveis ao toque interligadas de 12,3 polegadas, cada uma. Nelas, é possível acessar funções de entretenimento, aplicativos, serviços conectados e navegação. Os recursos disponíveis no sistema podem ainda ser controlados por comando de voz com capacidade de aprendizagem e de adaptação ao timbre de cada motorista. A variedade de auxiliares digitais de última geração é apresentada juntamente com muitos controles de conforto e de entretenimento para facilitar as tarefas múltiplas e a navegação simples dos menus. As telas que substituem os retrovisores externos são captadas pelo Camera Mittor System – microcâmeras localizadas nas portas – com imagens transmitidas nas extremidades do painel, ergonomicamente posicionadas para garantir sensação e visão naturais para o motorista. O veículo tem também uma câmera digital traseira, para aumentar o campo de visualização do condutor.

O Honda E foi projetado com foco na funcionalidade, com uma simplicidade de design única. Os contornos suaves da carroceria se estendem do capô ao para-brisa panorâmico, criando uma superfície contínua acima do motorista e do passageiro da frente. Para melhorar o coeficiente aerodinâmico, as colunas “A” (as duas dianteiras) ficam praticamente niveladas com o para-brisa. Os elementos de estilo, que acentuam o perfil limpo e organizado, incluem maçanetas das portas dianteiras embutidas na carroceria. O compartimento de carregamento avançado da bateria é integrado no centro do capô para facilitar o uso de ambos os lados do carro. Uma iluminação em leds dá as boas-vindas ao motorista e informa sobre o status de carregamento da bateria. Painéis pretos com perfis côncavos idênticos na frente e atrás emolduram os conjuntos dos faróis e das lanternas (ambos redondos).

Sob a carroceria está uma plataforma nova e desenvolvida especificamente para o Honda E que permite proporções compactas, enquanto uma distância de entre-eixos relativamente longa e uma agilidade nas manobras deixam o carro à vontade nas ruas, mesmo nas mais estreitas, e no trânsito complicado das grandes cidades. A aparência de uma “estatura” baixa e muscular – enfatizada pelos arcos das rodas pronunciados para acomodar pneus largos – confere um toque dinâmico ao design exterior simples e limpo. O Honda E é oferecido nas cores branco, amarelo, azul, prata e preto – essa última que não ressalta as áreas gêmeas dos faróis e das lanternas por serem na mesma tonalidade.



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