Agora é oficial: a partir de 2022 será proibida a entrada, em Fernando de Noronha, de veículos movidos a combustão. Os carros que já circulam na ilha movidos a gasolina, álcool e óleo diesel devem sair de Noronha até 2030. A lei, aprovada pela Assembleia Legislativa, foi sancionada pelo governador Paulo Câmara (PSB) na terça-feira (7).
Com a regulamentação, Fernando de Noronha se torna o primeiro lugar no Brasil a banir carros a combustão. A lei não se aplica a embarcações, aeronaves, tratores e outros veículos automotores assemelhados, destinados a puxar ou arrastar maquinaria, executar trabalhos de construção ou de pavimentação, serviços portuários e aeroportuários.
No mês de dezembro, a Administração da ilha divulgou a lista com cem contemplados com a autorização ecológica, que dá direito aos moradores de adquirir um carro elétrico. O transporte do veículo será arcado pelo governo.
A energia na ilha é gerada a partir da queima de óleo diesel. O G1 entrou em contato com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) para saber se há previsão de mudança da forma de produzir energia elétrica em Fernando de Noronha.
A empresa informou que investe em inovação e sustentabilidade para reduzir cada vez mais a dependência da Usina Tubarão, que é movida a diesel.
A Celpe disse, ainda, que, atualmente, Noronha conta com duas usinas solares e nove sistemas de geração que utilizam painéis fotovoltaicos. As centrais de fonte renovável representam cerca de 10% do consumo da ilha, de acordo com a companhia.
Sobre a entrada de novos carros elétricos no arquipélago, a empresa disse que está intensificando os estudos de viabilidade técnica, “com a intenção de ampliar os pontos de abastecimento, dentro dos critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”.