Não é de hoje que se fala sobre a necessidade de se investir em infraestrutura para veículos elétricos no Brasil, em vistas de se acompanhar as tendências mundiais e cumprir as metas de redução das emissões de carbono na atmosfera. A indústria automotiva caminha a passos largos para a “eletrificação” no País e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) prevê que a frota de carros híbridos (movidos a combustão e baterias) passe dos atuais 30 mil para um milhão até 2030.
Em vistas de não apenas acompanhar as mudanças e demandas do mercado, mas também de proporcionar a infraestrutura necessária às adaptações, a Loja Elétrica vem investindo fortemente no setor. Depois de iniciar a comercialização de sistemas de carregamento para este tipo de veículos e participar ativamente das agendas de formação e capacitação das pessoas quanto ao assunto, em 2017, a empresa, sediada em Belo Horizonte, acaba de inaugurar sua própria estação de carregamento.
Neste primeiro momento, o serviço – gratuito – está disponível apenas na filial do bairro Sion (região Centro-Sul), mas o projeto prevê que, nos próximos dois meses, o grupo também instale o serviço em mais oito unidades espalhadas pela Capital, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e interior do Estado.
De acordo com a supervisora da construção civil da rede, Patrícia Rocha, a Loja Elétrica é pioneira em Minas Gerais na venda de carregadores elétricos e vem se dedicando a fomentar a demanda, que é crescente.
Para se ter uma ideia, dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) dão conta de que o Brasil bateu recorde de venda de veículos elétricos e híbridos em 2019. Neste ano, até junho de 2020, foram 8 mil novos carros, um aumento de 56% em relação a 2019 e que representa de 0,2% das vendas totais. A empresa acompanha os incrementos.
“Desde o ano passado, nos reunimos com estudiosos, tanto do setor automobilístico quanto da construção civil, para discutir essa nova tecnologia e como ela está sendo estruturada em Minas Gerais. Estamos prontos para atender ao mercado e engajados nesta nova cultura que vem se adensando em meio à população, especialmente neste momento de pandemia, em que as pessoas estão revendo comportamentos e consumos”, explicou.
Comodidade – A empresa destaca que o ponto de recarga é mais uma comodidade para quem possui a modalidade de veículo. O ponto de carregamento, no padrão T2, possui dispositivos de proteção e segurança contra choques elétricos e outros problemas decorrentes de uma falha na instalação elétrica, por exemplo, mas não substitui o sistema próprio ou particular.
“O mais indicado é o carregamento individual noturno, pois é feito de maneira lenta e completa. Estas baterias possuem tecnologia de proteção para aumentar a vida útil, mas as cargas rápidas são mais indicadas para uso esporádico e urgente”, ressaltou.
Por isso, a Loja Elétrica comercializa os produtos para clientes finais e até construtoras, que estão cada vez mais apostando em empreendimentos com a mesma proposta. O investimento com o equipamento e a infraestrutura de proteção custa entre R$ 8 mil e R$ 10 mil.
Especializada na distribuição de materiais elétricos, a Loja Elétrica foi fundada em 1947, é líder em seu segmento no Estado e conta, atualmente, com 1.200 colaboradores, 11 filiais – localizadas em várias regiões da grande Belo Horizonte, uma em Uberlândia e uma em Ipatinga.
Há ainda 10 lojas dedicadas (in company) que ficam dentro de mineradoras, siderúrgicas, cimenteiras e indústria de celulose, além do centro de capacitação em tecnologia (CCT), que oferece cursos para eletricistas e técnicos. Possui ainda o maior centro de distribuição do seu tipo na América Latina, com capacidade de armazenamento para mais de 50 mil itens.