A General Motors (GM) sempre foi uma empresa conhecida pela inovação e qualidade em seus veículos. No entanto, quando se trata de carros elétricos, a história tem sido um pouco menos brilhante. Ao longo dos anos, a GM enfrentou uma série de fiascos com seus carros elétricos, levantando questões sobre a viabilidade e aceitação desse tipo de veículo no mercado.

O problema começou com o Chevrolet EV-1, lançado em 1996. Este foi o primeiro carro elétrico produzido em massa pela GM, mas teve uma série de problemas, incluindo uma bateria de chumbo-ácido que pegava fogo durante a recarga. A produção foi interrompida em 1999 e todos os carros foram recolhidos, causando um grande constrangimento para a empresa.

Em seguida, veio o híbrido Volt e o elétrico Bolt, ambos com problemas que resultaram em recalls. Os modelos tiveram problemas de bateria, incêndios no interior e choques durante a recarga. Além disso, a decisão estratégica de pular diretamente para o elétrico, em vez de passar pelo híbrido, colocou a GM em uma posição desafiadora em relação a outras fabricantes de automóveis.

Nos Estados Unidos, concessionários levantaram a voz contra a decisão da CEO global Mary Barra, alegando que não teriam condições de vender o volume de carros elétricos que recebiam da fábrica e exigindo o desenvolvimento de carros híbridos. No Brasil, a situação foi ainda pior, levando o presidente da GM local, Santiago Chamorro, ao desespero, pois a empresa estaria correndo o risco de fechar fábricas e se transformar em uma importadora.

Além dos problemas internos, pesquisas nos EUA revelaram uma redução no interesse de compra de carros elétricos, principalmente devido à redução de subsídios governamentais, baixo valor de revenda no mercado de usados, dificuldade de recarga nas estradas, redução de alcance no inverno e alto custo de reparo em caso de acidentes.

Diante de todas essas questões, a GM anunciou recentemente que irá desenvolver motorizações híbridas para seus próximos lançamentos, em vez de focar apenas em veículos totalmente elétricos. Essa decisão foi vista como um alívio para a empresa e seus colaboradores, garantindo o futuro de suas fábricas no Brasil e em outros locais.

É evidente que a jornada da GM com carros elétricos tem sido repleta de desafios e dificuldades. No entanto, a empresa parece estar disposta a aprender com seus erros e encontrar um equilíbrio entre a inovação e a aceitação do mercado. A transição para veículos elétricos e híbridos é um processo complexo, e a GM está se adaptando para garantir sua relevância no mercado automotivo. Ainda há muito a ser feito, mas a empresa está dando passos na direção certa.

Fonte: Mary Barra, poderosa da GM, cai na real para não cair do cavalo…

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