Ao contrário das conterrâneas Toyota e Honda, a Mazda tem se mostrado vagarosa para se adaptar à transição elétrica. Visto como sinal disso, o Mazda MX-30, seu primeiro modelo totalmente elétrico, decepcionou ao chegar ao mercado com um nada impressionante alcance de parcos 200 quilômetros.
É o tipo de alcance que se espera de uma moto elétrica urbana, e torna andar pela estrada muito complicado.
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Mazda: maioria deve ficar satisfeita
Mas Mark Peyman, diretor de produto e estratégia de eletrificação da Mazda no Canadá, contemporizou a situação. Em entrevista ao site “Auto News Canada”, o executivo afirmou que um estudo da montadora verificou que o Mazda MX-30 se mostrou eficaz, apesar do alcance irrisório, para pessoas que desejam ter dois carros.
“Chegamos ao mercado com um veículo como o MX-30 que tem uma bateria menor, uma pegada ambiental menor e, ainda assim, atende às necessidades de autonomia de 80% dos consumidores que provavelmente o usarão”, explicou. “Descobrimos então, por meio de pesquisas, que muitos desses indivíduos têm carros adicionais em suas casas que são para uma autonomia mais longeva.”
Apesar do pouco alcance, o modelo da Mazda não faz tão feio no desempenho, trazendo uma bateria de 35,5 kWh que gera 142 cv de potência e 26,55 kgfm de torque. A recarga total, segundo a montadora japonesa, pode ser feita em quatro horas e meia numa tomada de 220V. O modelo conta ainda com uma versão híbrida, exclusiva para Japão, Austrália e Nova Zelândia, alimentada por um motor 2.0 quatro-cilindros.
Low profile no Ocidente
Fora da Ásia, o MX-30 foi lançado oficialmente apenas na Europa, em que a regulamentação força as montadoras a soltarem mais carros elétricos. A Mazda também começou a vender o carro no início do ano na Califórnia (Estados Unidos), também prometendo em breve expandir para os estados de Quebec e Colúmbia Britânica, no Canadá.
No Velho Mundo, o Mazda MX-30 sai por uma média de 34,5 mil euros (aproximadamente R$ 218 mil). A montadora japonesa deixou o Brasil no início dos anos 2000, então o carro não deve pintar por aqui num futuro próximo.
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