A McLaren tem representação oficial no Brasil da UK Motors, também responsável pela operação da Aston Martin. O Artura vai preencher a lacuna entre o GT e o 720S por aqui. No começo do ano, o potente 765LT estreou no país com apenas cinco unidades (todas vendidas por iniciais R$ 5 milhões).

Para entregar 680 cv e rodar 30 km no modo elétrico, o McLaren Artura combina um motor a combustão V6 3.0 biturbo (com 585 cv e 59,6 kgfm de torque) – opção mais leve, menor e menos poluente que o conhecido V8 4.0 – a uma unidade elétrica que fornece 95 cv e 22,9 kgfm extras.

Segundo a própria fabricante, o esportivo arranca de 0 a 100 km/h em apenas 3 segundos. O Artura chega aos 200 km/h em 8,3 segundos, 0,4 s a menos que o tempo gasto pelo descontinuado Renault Sandero RS para chegar na metade dessa velocidade. A máxima é limitada eletronicamente, mas estamos falando de 330 km/h.

McLaren Artura é o novo superesportivo híbrido da marca — Foto: Divulgação

Já o câmbio automático de dupla embreagem e oito marchas é totalmente novo. A força do carro é despejada no piso com a ajuda do diferencial traseiro eletrônico, tecnologia capaz de repassar a força para a roda com mais aderência e de maneira mais rápida que um sistema mecânico, afirma a fabricante.

Um fato curioso do Artura é o pneu. Chamados de Cyber Tires, os compostos têm chips internos para analisar vários dados e trabalhar com os sistemas eletrônicos de estabilidade para entregar a melhor performance. E eles também são capazes de cancelar o ruído da rodagem e as vibrações. Mas também há a opção do P Zero Corsa de alto desempenho aos que gostam de usar o carro em pista.

Estilo do Artura tem muito dos demais modelos da McLaren — Foto: Divulgação

Há outra curiosidade que parece pertencer ao passado: o Artura utiliza direção eletro-hidráulica. A razão? Garantir uma sensibilidade maior que a assistência puramente elétrica.

O novo monocoque de fibra de carbono se integra aos subchassis de alumínio e libera espaço para toda a tecnologia elétrica. Além disso, a nova estrutura é ultrarrígida e deixa a suspensão trabalhar mais livremente sem preocupações com torções.

Painel do McLaren tem central multimídia mais estreita para aproximar os ocupantes — Foto: Divulgação

No quesito design, o Artura traz muito do DNA da McLaren. Os faróis são incrustados na carroceria e as laterais se destacam pelas enormes entradas de ar. A traseira tem lanternas formadas por filetinhos de LED. Ao centro, as saídas de escapamento dão o toque de supercarro, algo acentuado pelo enorme extrator e pela grade de treliça. Da maneira tradicional da marca, as portas abrem para cima. E todos sabem que isso é vital para fazer um superesportivo andar mais. Está bem, essa parte não é verdade.

O interior se preocupa com a performance em cada detalhe, dos bancos de fibra de carbono ao sistema de entretenimento. A McLaren diz que optou por uma tela multimídia estreita e vertical para não ocupar tanto espaço no painel. Foi uma maneira de deixar os ocupantes mais próximos e deslocados para o centro do veículo. Tudo para oferecer mais estabilidade.

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