O posto de carro mais caro do Brasil pode ter um novo dono em breve. Isso porque um raríssimo McLaren Speedtail está mais perto de incrementar a garagem de algum ricaço brasileiro. O preço é um detalhe: R$ 40,5 milhões(!!!). A façanha de ter uma unidade do hiperesportivo híbrido disponível é da Direct Imports, empresa sediada em São Paulo que importa veículos de forma independente.

O valor é final, já com impostos e transporte. A companhia diz ainda que entrega o carro em cerca de 30 dias após a compra. Além da exclusividade (apenas 106 unidades fabricadas), o sucessor espiritual do McLaren F1 tem outras características para justificar a grandiosa quantia de dinheiro: mais de 1.000 cv, 0 a 100 km/h em 2,5 segundos e velocidade máxima de exatos 403 km/h.

Para chegar a esses números, um fator importante é o trem de força híbrido. A fabricante britânica colocou um V8 4.0 biturbo atrelado a um motor elétrico. O resultado é a potência de 1.050 cv e absurdos 117,3 kgfm de torque. De acordo com a McLaren, o Speedtail ainda pode fazer de 0 a 300 km/h em apenas 12,8 s – tempo que muitos carros no Brasil levam para atingir 100 km/h.

O formato de “gota” da carroceria do Speedtail ajuda na questão aerodinâmica — Foto: Divulgação

Uma das inspirações que o Speedtail tem na Fórmula 1 é o posicionamento de pilotagem, que é centralizado, dando a sensação de dirigir um carro de corrida. Mesmo assim, ainda existem dois lugares laterais para levar passageiros no carro. Outro detalhe inusitado é a posição do câmbio, que fica no teto do carro, assim como o botão para ligar o carro.

O McLaren pesa 1.440 kg e muito de sua leveza é obtida graças a sua estrutura, que é feita de fibra de carbono. Até mesmo a carroceria é feita com este material. Aliás, o desenho em forma de “gota” do Speedtail é considerado o mais aerodinâmico da história da montador inglesa.

A traseira é “simples”, mas tem spoilers escondidos na carroceria e um massivo difusor para gerar pressão aerodinâmica — Foto: Divulgação

A McLaren pensou até em “calotas” para as rodas dianteiras. Normalmente a rotação das rodas faz com que o ar ao redor delas seja jogado para fora, criando uma turbulência que “segura” o carro. Para manter o fluxo do ar próximo à carroceria às vezes é necessário usar calotas, que também precisam ser fixas para que o giro não altere seu comportamento. Esse conceito é relativamente comum em carros de corrida e chegou a ser usado na Fórmula 1 até 2009, antes de ser banido.

O problema de cobrir os aros é que isso prejudica severamente a refrigeração dos freios e pode facilitar o surgimento do fading, superaquecimento do ar que limita a eficácia do sistema. A própria McLaren enfrentou esse problema: nas versões iniciais do Speedtail, a calota de plástico reforçado com fibra de carbono era muito mais fechada.

O McLaren Speedtail leva três pessoas e o motorista dirige na posição central, igual ao lendário McLaren F1 — Foto: Divulgação

De resto, há também câmeras no lugar de retrovisores, que auxiliam a reduzir a força de arrasto no carro e dois spoilers ativos em fibra de carbono na traseira, esculpidos na carroceria e difíceis de serem – e acionados de forma automática pela central eletrônica do veículo.

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