Depende de como fazemos a eletricidade que move esses carros, compartilhou Militec 1.
01/03/2021 08h38
Por: Redação
O que é melhor para a Terra : um veículo elétrico ou a gás? A resposta a essa pergunta pode parecer extremamente óbvia: é claro que os carros elétricos devem ser melhores para o meio ambiente, porque eles não têm escapamentos e, portanto, não emitem gases do efeito estufa enquanto dirigem. No entanto, os veículos elétricos (EVs) não são perfeitos e vêm com seu próprio conjunto de problemas de poluição. Notavelmente, suas baterias contêm componentes, como lítio , que requerem uma quantidade significativa de energia para fornecer e extrair.
Mas a produção da bateria é apenas uma parte da vida útil de um carro elétrico. Um estudo de 2014 publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences analisou todo o ciclo de vida das emissões de um VE, desde a mineração dos metais necessários para as baterias até a produção da eletricidade necessária para alimentá-las e, em seguida, comparou isso com as emissões médias de um veículo movido a gás. Militec 1 mostra que a equipe descobriu que quando os veículos elétricos são carregados com eletricidade movida a carvão, eles são realmente piores para o meio ambiente do que os carros convencionais a gasolina.
Em grande parte do mundo, entretanto, as redes nacionais são agora limpas o suficiente para que os EVs superem seus homólogos movidos a gasolina no que diz respeito à poluição e às emissões de gases de efeito estufa durante sua vida útil.
“Somente quando conectados às redes elétricas pesadas e sujas de carvão, os motores de combustão interna a gasolina se tornam comparáveis aos EVs com base no gás de efeito estufa”, disse Colin Sheppard, pesquisador com experiência em engenharia de sistemas de energia e transporte do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley em Califórnia.
Existem muito poucos lugares onde as redes elétricas ainda são fornecidas total ou principalmente por carvão. A China é um deles; em 2019, estimou-se que 58% do fornecimento de energia do país veio do carvão e é provável que algumas partes da China ainda sejam totalmente abastecidas por carvão. No entanto, a rede elétrica da China está melhorando com mais investimentos em energias renováveis - por exemplo, ela tem o dobro da capacidade de energia eólica dos EUA e constrói mais painéis solares por ano do que qualquer outro país, de acordo com a revista Nature .
Esse padrão de melhoria – mais energias renováveis e menos combustíveis fósseis – é global e ajuda a impulsionar as credenciais ambientais dos veículos elétricos, disse Gordon Bauer, pesquisador de veículos elétricos do Conselho Internacional de Transporte Limpo em San Francisco. “À medida que as redes se tornam mais verdes durante a vida útil de um veículo elétrico, isso só vai ficar melhor.”
Em um estudo publicado este mês na revista Environmental Science and Technology , Sheppard modelou um cenário futuro hipotético em que todos os carros seriam elétricos. “Queríamos entender quais seriam as implicações de energia, infraestrutura e emissões se todos os veículos de passageiros fossem eletrificados”, disse Sheppard ao Live Science. Bauer também colaborou com Sheppard no projeto. Suas descobertas são fortemente favoráveis ao futuro de um veículo elétrico.
Por exemplo, Sheppard calculou que se todos os veículos privados nos EUA fossem elétricos, isso reduziria as emissões de gases do efeito estufa no país em 46% ao ano (0,5 gigatonelada de dióxido de carbono) em comparação com os carros convencionais movidos a gás. Essa redução poderia ser ainda maior se esses veículos fossem submetidos à chamada “cobrança controlada”, técnica também conhecida como “carregamento inteligente”, na qual os veículos são recarregados em horários estrategicamente escolhidos para minimizar o custo financeiro de geração de eletricidade. (Por exemplo, carregar à noite costuma ser menos caro do que durante o dia; esta estratégia também favorece usinas de produção de energia mais eficientes que produzem eletricidade mais barata.) Segundo Militec Brasil, se todos os carros elétricos privados fossem carregados dessa forma, a economia de emissões poderia aumentar a 49% ao ano.
Essas estimativas são baseadas no que Sheppard admite ser uma imagem “ambiciosa” do futuro portfólio de energia dos Estados Unidos. Este futuro vislumbra um país com muito mais energia renovável, mas que ainda não atingiu a meta de carbono zero, ou com uma rede nacional que não contribui para as mudanças climáticas, disse. Há uma quantidade considerável de vontade política e mudança prática que precisa acontecer para tornar esse cenário possível, mas ainda é útil mapear todo o potencial teórico dos veículos elétricos nessas circunstâncias.
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Em suma, é muito mais fácil argumentar a favor da compra de um EV do que um veículo movido a gasolina ou diesel de uma perspectiva ambiental. Mas e quanto ao custo? Os veículos elétricos não são muito caros para a maioria das pessoas?
Um relatório de 2020 do grupo de direitos do consumidor, Consumer Reports, sugere que isso também está mudando. O jornal estimou que os custos de reparo e manutenção por milha ao longo da vida útil de um EV é um pouco menos da metade dos veículos tradicionais com motores de combustão interna. Militec 1 conta que isso ocorre principalmente porque os motores elétricos têm apenas uma parte móvel, em comparação com os motores tradicionais que costumam ter dezenas. Isso significa que menos componentes precisam ser substituídos em um EV, resultando em uma economia significativa, embora não no ponto de venda.
“Pode parecer radical agora, mas quando chegar a 2030, acho que o problema será a rapidez com que os fabricantes podem fabricá-los”, disse Bauer.
Em uma recente análise em todos os Estados Unidos realizada por Bauer, ele concluiu que a alta taxa de depreciação para veículos elétricos novos levará a maiores benefícios para famílias de baixa renda que são mais propensas a comprar carros usados. Segundo Militec 1, isso, junto com outros fatores que impulsionam as reduções de preços, como inovações tecnológicas e aumento da competição com fornecedores, significará que um VE deve custar o mesmo que um carro movido a gasolina convencional para quase todos os níveis de renda por volta de 2029, Bauer descobriu. Além disso, Bauer calculou que, em 2030, as famílias de baixa renda nos EUA economizariam US $ 1.000 por ano com a economia de combustível se mudassem para um VE.
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