postado em 04/12/2020 20:37

 (crédito: Marcelo Ferreira/CB                          )

(crédito: Marcelo Ferreira/CB )

Em entrevista ao CB.Agro — uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília —, nesta sexta-feira (4/12), o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Evandro Gussi, se disse otimista com o país no quesito sustentabilidade, principalmente em relação à mobilidade urbana. “Quando falamos de mobilidade, ninguém tem uma tão sustentável quanto o Brasil”. Ele destacou que a gasolina brasileira contém 27% de etanol, combustível que diminui consideravelmente as emissões de CO².

O preço do etanol, porém, tem aumentado, o que faz com que os motoristas não optem pelo mais sustentável, inclusive no Distrito Federal. “Não existe aqui em Brasília um diferencial tributário entre o etanol e a gasolina. O imposto desestimula o uso do etanol”, observou Evandro. Ele explicou que, em outros estados do país, há um processo de diferenciação tributária entre os dois combustíveis. “Tem sido papel dos governos fazer essa diferença ambiental e para a saúde das pessoas por uma razão tributária” , defendeu.

Para o futuro, Gussi previu conquistas importantes. “Estamos indo para o caminho de um etanol neutro em carbono (que não emite o gás). Se juntarmos isso ao veículo híbrido (com motor elétrico e de combustão), que já temos rodando nas ruas do brasil e ,especialmente no futuro, com a célula combustível, podemos estar falando de um carro efetivamente neutro em emissão. Mais que isso, em breve estaremos falando de um carro que captura carbono da atmosfera”, contou.

Impacto tecnológico

Gussi ressaltou a importância da tecnologia no setor. “Hoje o operador de máquina já tem um conhecimento digital, sistemas sofisticados”. Para Evandro, os avanços na produção não só qualificam o trabalhador, como também aumentam a performance do país no mercado internacional. “O açúcar brasileiro alimenta uma parte importante do mundo com qualidade. É considerado o melhor açúcar e com os preços mais competitivos, muito disso é fruto desse incremento de tecnologia”, contou Evandro, que ressaltou o fato de que o país detém 40% do mercado global do produto.

Em relação à importação de etanol dos Estados Unidos, o presidente da Unica explica que o Brasil tentou diminuir a taxa natural do Mercosul sobre as importações, como um gesto para que os EUA abrissem o mercado de açúcar e aumentassem a participação do etanol no país. Mas o país norte-americano não cedeu. “O natural hoje é voltar ao normal, a tarifa de 20% para importação, muito menor do que os 140% que eles nos cobram do açúcar”, finalizou Gussi.

Para assistir à íntegra da entrevista, clique aqui: 

 

*Estagiária sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza 

 

 

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