“Já usávamos bicicletas e scooters elétricas. Então, houve ótima receptividade por parte dos funcionários dessas rotas. Os condutores dos veículos elétricos são abordados na rua para explicar sobre o funcionamento e os benefícios. No final, são porta-vozes da tecnologia”, observa. 

Operação piloto com motos e bicicletas elétricas

De acordo com Vitor, a estratégia tem funcionado muito bem nos aspectos de flexibilidade, agilidade e produtividade. “Temos um carro elétrico que iniciou a operação piloto no começo de julho e, até o final de setembro, entregou quase 2 mil remessas e rodou mais de 4 mil quilômetros. Usando uma calculadora de CO2, o carro deixou de emitir mais de 10 toneladas de CO2 na atmosfera.”

A DHL Express optou pelo modelo de locação nos últimos anos. “Nosso parceiro foca muito na manutenção dos veículos e, com isso, concentramos esforços no atendimento e na busca de soluções para nossos clientes”, comenta. Mas a expansão é certa, conforme a demanda: o uso de bicicletas crescerá com o aumento de entregas, principalmente em grandes cidades. “Em relação a scooters e veículos elétricos, deve acontecer a partir da adesão de clientes e de menores custos operacionais advindos da durabilidade das baterias e da redução dos impostos incidentes no preço de aquisição.” 

Menos congestionamentos, paradas e restrições 

Desde fevereiro, a DHL Supply Chain realiza entregas via bicicletas, tradicionais e elétricas. A previsão para 2020 é uma média de 100 entregas com este perfil por dia. Maior agilidade no trânsito, facilidade de estacionar e ausência de restrição de circulação, além do custo — que pode ser até 50% menor do que com automóveis tradicionais — estão entre as maiores vantagens do modelo. “Elas trazem uma resposta viável, eficiente e que pode abranger uma gama representativa de entregas, pois impactam o tempo de deslocamento, custo operacional e eficiência da roteirização”, explica Gildo Neto, diretor de transportes da DHL Supply Chain. 

Sem rodízio e mais economia nas entregas

Sérgio Ricardo Baeta e um dos triciclos elétricos da Elefante Brasil. Foto: Acervo Pessoal

Há dois anos, o administrador Sérgio Ricardo Dias Baeta adotou, para as entregas de sua empresa, a Elefante Brasil – distribuidora de produtos Electrolux na capital paulista –, dois triciclos elétricos importados, automáticos e com câmera de ré. Com capacidade para duas pessoas (80 quilos cada uma), eles podem fazer 50 quilômetros a cada recarga da bateria (tomadas de 220 volts). “Já utilizávamos scooters a gasolina, mas as substituímos para melhorar a qualidade de vida dos nossos colaboradores, além de ajudar o negócio”, lembra. “O preço ainda não é o melhor: na época, foram US$ 6,4 mil (R$ 35 mil), cada um, o que, infelizmente, não o torna acessível a ponto de, mesmo os preocupados com a questão ambiental, abandonar os modelos convencionais, por enquanto”, avalia. 

Como PCD, ele precisou apenas adaptar o banco e acredita que as vantagens como facilidade de manutenção e para estacionar, economia, segurança (em relação à scooter) e liberação de rodízio compensaram o investimento. “Apesar de as baterias de lítio no País ainda serem muito caras, chegando a quase um terço do valor do veículo e com poucas garantias.”



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