São automóveis com motores potentes, mas com nível de estabilidade e conforto tão elevados, que você pensa que está a 60 km/h
Você já deve ter lido em alguma reportagem do AutoPapo que determinado carro passa tanta firmeza em altas velocidades que até parece que está a uma velocidade menor. Isso é muito bom para ressaltar a qualidade de construção do carro, mas um perigo para motoristas distraídos.
Sim, porque você pode estar tranquilão achando que o carrão está a 80 km/h e quando se dá conta, o ponteiro já marca 120 km/h – isso muitos radares depois… Por esta razão, separamos alguns modelos, esportivos ou não, que podem fazer você levar uma multa por excesso de velocidade sem perceber.
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Volkswagen Jetta GLi
Esta variante esportiva nasceu no ano passado para por mais pimenta na linha do sedã médio. E fez isso de modo primoroso, com entrega de uma pegada mais esportiva e robusta típica da marca alemã dentro de uma proposta de conforto.
Com isso, você sente o Jetta GLi arrancar bem empurrado pelo motor 2.0 turbo de 230 cv e 35,7 kgfm, mas as velocidades altas podem passar despercebidas.
Contribuem para esta sensação a direção com assistência elétrica bem direta e progressiva e o câmbio automatizado com dupla embreagem, suave e preciso.
O comportamento dinâmico deixa o carro no chão e sem qualquer sensação de flutuação. Só mesmo ao passar por um buraco o acerto mais firme da suspensão pode denunciar a real velocidade em que se trafega.
Volvo S60
A nova geração do sedã da marca foi uma das primeiras a mostrar que, além de carros seguros, os suecos sob gestão chinesa também são capazes de fazer carros mais divertidos do que no passado.
O S60 na versão híbrida Polestar é um pouco mais arisco que o restante da linha nas velocidades altas, que entregam o conjunto do turbo de 428 cv com o elétrico de 87 cv. Mesmo assim, a percepção a bordo é a de estar em um passeio na beira da praia.
Para completar, apesar de uma suspensão mais firme, o centro de gravidade baixo com as baterias instaladas no túnel central, deixam o carro grudado no chão. Nas curvas, a carroceria torce o mínimo e nem parece que se está em um três-volumes com 4,76 metros de um para-choque ao outro.
Honda Civic Touring
Quando a Honda anunciou a versão do seu sedã médio com motor turbo muita gente pensou que fosse ser uma opção mais esperta do modelo – sem ser tão arisca ou cara como a Si.
Só que o Civic Touring deixou o três-volumes mais potente, porém, com o mesmo nível de conforto que sempre caracterizou a linha.
Com isolamento acústico apurado, motor com rodar suave, caixa CVT que não berra e rigidez torcional bem equilibrada, o Civic Touring vai rodar a mais de 110 km/h e você achar que está dentro dos limites, tamanho o conforto a bordo.
Aqueles 173 cv de potência tem uma proposta que pode te enganar facilmente.
Toyota Corolla híbrido
Aqui outro exemplo de carro que já é confortável por natureza. Só que o conjunto híbrido da nova geração do sedã médio mais vendido do país garantiu ainda mais equilíbrio no rodar.
O resultado é que o Corolla alcança velocidades altas sem você se dar conta. Ainda mais se pisar leve e gradualmente no acelerador, com apenas o propulsor elétrico de 72 cv em ação, o que deixa tudo no mais profundo silêncio.
Mas mesmo com o motor a combustão de 101 cv como personagem principal, o modelo não denuncia a velocidade. Isso graças à direção precisa, à boa construção da carroceria e ao câmbio automático CVT, livre de trancos e imprecisões.
Sem falar na moderna arquitetura TNGA e na suspensão independente na traseira que o sedã passou a adotar. Então, Corolleiros, olho atento ao velocímetro.
Audi RS6 Avant
Trata-se de uma station wagon esportiva de respeito. Mas nem por isso (obrigatoriamente) bruta – a não ser que você queira. É claro que qualquer motorista, mesmo em cruzeiro, sabe que conduz um colosso de 600 cv de potência, mas na velocidade constante, acredite, é possível se enganar.
E esse escriba que você lê já testemunhou isso numa Autobahn alemã.
Pois é, estava eu ao volante de uma RS6 Avant, batendo papo com o carona e a 200 km/h permitidos nas vias expressas do país europeu com a sensação de que estava a, no máximo, 120 km/h.
Aqui, méritos principalmente da engenharia alemã, com um carro com acerto dinâmico dos mais precisos e que não faz a carroceria oscilar mesmo em velocidades absurdas.
Mas nada como dar uma pisada mais funda no pedal da direita, sentir os rins beijarem os encostos dos bancos e ouvir os pipocos do acostamento para se saber que está em uma perua nervosa e com o ponteiro do velocímetro frenético.
