Nem só de carrões vive um salão. Ele também é formado, literalmente, de carrinhos. Além do conceito de elétrico “popular” da Volkswagen, o Salão de Munique também foi palco do lançamento da versão final do Microlino, uma espécie de “neto” da Isetta.
O projeto foi apresentado no Salão de Genebra de 2016, por uma fabricante local, Micro Mobility Systems, mas o modelo definitivo levou cinco anos para ficar pronto. Agora, além de ser exibido no primeiro grande evento automotivo após a pandemia, teve as vendas iniciadas na Europa a partir de 12 mil euros (R$ 73.600, na conversão direta). O preço é equivalente ao de um Renault Sandero básico no Brasil.
O Microlino é claramente inspirado na Isetta, projeto italiano de microcarro dos anos 1950 que chegou ao Brasil na mesma década, como o primeiro veículo nacional.
A versão do século 21 é igualmente carismática, com porta única, acesso frontal e (pouco) espaço para dois ocupantes. As diferenças estão na propulsão, elétrica no Microlino, e na tecnologia. Há um pequeno quadro de instrumentos digital e faróis e lanternas de LED.
Microlino pode ter teto solar e tem menos de 2,5 metros de comprimento — Foto: Divulgação
Há duas versões, cuja diferença está no tamanho das baterias. A primeira tem 8 kWh, e garante autonomia de até 125 km. Já a segunda, um pouco maior, tem 14,4 kWh, suficientes para um alcance máximo de 200 km.
Nos dois casos, o motor elétrico entrega 15 cv e 10,2 kgfm de torque. Esse último, aliás, é maior do que o de um Renault Kwid ou Fiat Mobi.
Interior do Microlino é simples e traz pequeno quadro de instrumentos digital — Foto: Divulgação
Por incrível que pareça, o compartimento de cargas também acomoda mais bagagens do que um Mobi. São 220 litros, contra 200 litros. E olha que o Microlino tem apenas 2,43 metros de comprimento. São só 13 cm a mais do que o entre-eixos do pequeno Fiat.
Pesando apenas 513 kg, o carrinho suíço alcança os 90 km/h, e pode acelerar de 0 a 50 km/h em apenas 5 segundos.
Ao contrário da Isetta original, coluna de direção não é integrada à porta — Foto: Divulgação
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