A Nissan apresentou recentemente na China uma nova versão de seu sedã médio Sentra – que lá é chamado de Sylphy – equipada com a propulsão híbrida e-Power desenvolvida pela montadora e que, desde 2016, empurra o modelo Note.
Além da redução nas emissões de gases poluentes, o carro tem como grande atrativo seu consumo: até 25,6 km por litro, segundo o fabricante.
A receita para essa performance está na combinação de dois motores, um a gasolina, de 1.200 cc (1.2 litros), que gera 72 cv de potência, e outro elétrico, de 100 kW, que produz o equivalente a 136cv – e “parrudos” 30,5 kgfm de torque. Os números somados dos dois propulsores não foram divulgados.
O lançamento faz parte da estratégia de eletrificação do portfólio da Nissan, que pretende atingir a neutralidade em suas emissões de carbono até 2050. Antes disso, porém, até o começo da próxima década, a empresa promete só produzir e vender veículos totalmente elétricos.
Daí a tecnologia e-Power poder ser chamada de “passo intermediário”, entre os veículos movidos apenas a combustão e os empurrados somente por elétrons.
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O que nós temos a ver com isso?
Embora não exista uma previsão formal para a chegada desse novo Sentra – que é da geração seguinte à da que era vendida aqui – ao Brasil, sua tecnologia provavelmente estará entre nós em breve. Primeiro, equipando uma nova versão híbrida do SUV Kicks, produzido em Resende (RJ).
E, como, além da China, o Sentra e-Power será produzido no México, com o qual nosso País mantém um acordo automobilístico, em um segundo momento esse mesmo conjunto mecânico deverá ser oferecido como opção para o novo Versa, que já é vendido aqui como importado.
A Nissan é uma das poucas montadoras que, até o momento, não incorporou aos seus modelos motores turbinados de baixa cilindrada – como os que equipam carros como os Chevrolet Onix e Tracker, os VW Polo e T-Cross e alguns novos Fiat e Jeep, por exemplo.
Em vez disso, a marca nipônica parece apostar suas fichas na opção híbrida, que, além de acrescentar uma dose generosa de torque e potência a seus modelos, está mais próxima do que todos projetam para o futuro – ou seja, a propulsão elétrica.
Além disso, no caso de mercados emergentes, como o nosso, onde a eletrificação da frota deve demorar um pouco mais do que em lugares como a Europa, na China e os EUA, a receita híbrida pode ser ainda mais atraente, tanto em termos de redução de emissões, quanto de economia de combustível. É esperar para ver.
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