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Essa é a primeira vez que o Jeep terá concorrentes à altura – também ao comprimento, à largura e ao entre-eixos, com o perdão do trocadilho – no mercado nacional. Com produção nacional, o irmão maior do Renegade vinha reinando sozinho no segmento C, tendo vendido 237.762 unidades desde seu lançamento, em 2016, segundo a Fenabrave (associação nacional dos concessionários).

Facelift do Jeep não o fará superar os rivais de VW e Toyota em tamanho, mas ele ainda será o único com propulsor a diesel e tração 4x4

O facelift do Compass foi apresentado no Salão do Automóvel de Guangzhou, na China, em novembro do ano passado. Tais mudanças serão seguidas à risca pelo SUV nacional. Embora as modificações estejam concentradas no interior, ele também mudou por fora e ficou ligeiramente maior. Veja as diferenças:

Compass atual: 4.416 mm de comprimento, 1.819 mm de largura, 1.638 mm de altura e 2.636 mm de entre-eixos.

Novo Compass: 4.424 mm de comprimento, 1.819 mm de largura, 1.652 mm de altura e 2.636 mm de entre-eixos.

Comparando com o atual, são 8 mm a mais de comprimento e 14 mm a mais de altura – aumentos sutis, mas substanciais para enfrentar os novos concorrentes, que serão maiores do que ele em praticamente todas as dimensões. Confira:

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Novo Jeep Compass: 4.424 mm de comprimento, 1.819 mm de largura, 1.652 mm de altura e 2.636 mm de entre-eixos.

Volkswagen Taos: 4.461 mm de comprimento, 1.841 mm de largura, 1.626 mm de altura e 2.680 mm de entre-eixos.

Toyota Corolla Cross*: 4.460 mm de comprimento, 1.825 mm de largura, 1.620 mm de altura e 2.640 de entre-eixos.

*Dados extraídos do Corolla Cross tailandês, e que podem sofrer ligeiras modificações no modelo brasileiro.

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As dimensões mostram que o Taos terá 4 cm a mais de entre-eixos que o novo Compass e o Corolla Cross, 0,4 cm extras. Se aproveitada, a diferença pode deixar o modelo da VW com um espaço interno maior que o de seus dois concorrentes. Talvez isso compense a desvantagem de ser o único do trio a ter produção na Argentina, e não no Brasil.

Os dados também apontam que, embora tenha entre-eixos menor, o comprimento do Corolla Cross é igual ao do Taos, indicando que os 4 cm que sobraram serão aproveitados nos balanços dianteiro e traseiro.

O problema é que isso, aliado ao menor vão livre do solo de 16,1 cm – equivalente ao de um VW Fox, mas que pode mudar, a depender da calibração das suspensões em nosso mercado -, pode limitar o modelo a enfrentar rampas íngremes. O Taos terá vão livre mínimo de 18,5 cm.

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O Compass, aparentemente, não sofrerá com esse problema. O veículo cresceu e está com 1.652 mm de altura e, mesmo que ainda não tenha sido divulgada essa dimensão, o modelo não deve ter menos que os atuais 21,1 mm de vão livre.

O ganho para passar em obstáculos pode prejudicar a estabilidade do modelo, que ganhou 1,4 mm de altura, mas manteve a largura de 1.819 mm. Taos e Corolla Cross são 2,2 cm e 0,6 cm mais largos, além de 2,6 cm e 3,2 cm mais baixos que o Jeep, respectivamente, o que lhes pode garantir uma aerodinâmica levemente superior e menor da carroceria em curvas, por exemplo.

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Outro ponto em que o Compass deve ficar para trás é a capacidade do porta-malas. Atualmente, o modelo possui 410 litros de armazenamento e o crescimento de 0,8 cm no facelift não deve promover um aumento necessário ao compartimento para que o SUV alcance os novatos. O Volkswagen terá 498 litros (já confirmados para nosso país) e o Toyota, 487 litros (se a medição tailandesa for replicada aqui).

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Motorização

A Toyota vai apostar nos motores que equipam o Corolla sedan, dando ao homônimo Cross o 2.0 flex de 177 cv com injeção variável entre direta e indireta, acoplado a uma caixa CVT que simula dez marchas e tem engrenagem para arrancadas, e o 1.8 híbrido flex de 123 cv com transmissão transeixo que imita um CVT.

Enquanto isso, o Taos será movido pelo já conhecido 250 TSI 1.4 turboflex 150 cv e 25,5 kgfm de torque, aliado ao câmbio automático de seis marchas da Aisin.

Já o Compass deve seguir os passos do Volkswagen, apostando em motores turbo de menor capacidade volumétrica para as versões flex. Com isso, o facelift do Jeep deve chegar equipado com o esperado 1.3 turboflex de injeção direta, que deve render entre 150 e 160 cv de potência e entre 25 e 26 kgfm de torque com etanol.

Além disso, o Jeep será o único dos três a oferecer configuração a diesel e tração 4×4. Ela já pode ser encontrada na linha atual do SUV e manterá o mesmo 2.0 MultiJet turbodiesel, que receberá uma nova calibração para entregar mais do que os atuais 170 cv e 35,7 kgfm.

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