Ainda é um monovolume, só que com traços muito mais arredondados e delgados. Assim pode ser definida a quarta geração do Honda Fit, revelada no Salão de Tóquio 2019.
Os traços lúdicos parecem ter sido pensados especificamente para o mercado japonês, mas certamente causarão controvérsia entre consumidores como o brasileiro, que enxerga com mais simpatia um carro que faz cara de mau.
É bem provável que a matriz autorize modificações estéticas voltadas a mercados como o nosso, além da Europa, onde a minivan é vendida como Jazz. Para os Estados Unidos a chegada da nova geração ainda é uma incógnita.
Mas falemos sobre Brasil, que é o que mais nos interessa.
Os representantes nacionais da fabricante no salão falaram muito pouco a respeito de sua chegada, mas podemos apostar que ela acontecerá entre o fim de 2020 e primeiro semestre de 2021, visto que no Japão o lançamento efetivo ocorrerá em fevereiro do ano que vem.
Segundo nosso parceiro Autos Segredos, o novo Fit finalmente promoverá em nosso mercado a estreia do motor 1.0 três-cilindros turbo com injeção direta, preparado para ser flex, aliado a câmbio CVT.
E atenção: há chances de que ele tenha também uma versão híbrida.
Mesmo a divisão nipônica da Honda divulgou pouquíssimas informações a respeito da quarta geração.
Sabe-se que ela terá a mesma família de motorização híbrida do Accord, denominada e, que conta com dois motores elétricos postados sobre as rodas dianteiras.
Também incluirá, pelo menos no Japão, um serviço similar ao Chevrolet OnStar, com controle remoto de funções do veículo via aplicativo de celular e assistência para emergências e serviços gerais.
Contará ainda – e isso deve constar no pacote brasileiro – com o pacote Honda Sensing, que inclui assistências ativas de segurança, tais quais controle de cruzeiro adaptativo, leitura de faixa e frenagem autônoma emergencial.
Visualmente, o novo Fit chama a atenção pelos faróis largos, ainda mais que os da segunda geração, porém integrados por uma grade fina e “afundada”. O capô, levemente elevado, faz com que sua silhueta possa ser confundida com a de um hatch.
O aplique na coluna C, formando um discreto efeito de teto flutuante, lembra muito o do nosso extinto Chevrolet Agile (e isso não necessariamente é uma boa notícia).
Já a traseira surpreende pela presença de lanternas horizontais bipartidas, também com traços arredondados.
Dimensões não foram reveladas, mas a cabine parece tão espaçosa quanto antes, e traz os já conhecidos bancos moduláveis. O painel é minimalista, assim como o console central.
O acabamento dos bancos varia entre tecidos e couro, de acordo com a versão escolhida. Para o público japonês serão cinco, todas com nomes bem peculiares: Basic, Home, Ness, Crosstar, and Luxe.
A Crosstar possui teto bicolor e apliques que lhe conferem caráter aventureiro, além de revestimento impermeável nos bancos. A Ness pinta apenas colunas, parábola do teto e capas dos retrovisores na cor verde limão.
Já a de topo Luxe traz couro, apliques cromados e rodas de liga leve aro 16.