A Hyundai fez ontem a apresentação mundial do novo Tucson. Para os brasileiros é uma notícia interessante, já que atualmente são montadas em Anápolis, Goiás, as duas gerações anteriores do utilitário: uma que é vendida como ix35 (lançada aqui em 2010) e a outra chamada de New Tucson (nem tão “New” assim, já que estreou em 2016). Pelo retrospecto da Hyundai Caoa, podemos prever que a novíssima geração chegará ao nosso mercado no fim de 2021 — inicialmente importada e, depois de um ano e pouco, nacionalizada.
O destaque do modelo é o estilo derivado diretamente do protótipo Vision T Concept, mostrado no Salão de Los Angeles do ano passado. Chegaram à produção em série a carroceria cheia de curvas complexas e bem marcadas e, principalmente, a grade que incorpora os faróis, as lanternas e as luzes de posição. Quando o carro está desligado, essa frente fica toda preta (brilhante), com um aspecto impressionante. Nada a ver com a dianteira do nosso HB20…
A traseira também tem desenho bem original, tanto pelo formato das lanternas pontudas, unidas por uma barra de LED, quanto pelos frisos que começam fininhos, lá nos retrovisores, e terminam, bem largos, nas colunas C.
Pela primeira vez desde 2004, o Tucson sai com duas opções de entre-eixos. No “normal” são 2,68m (só 1cm a mais que o modelo hoje montado em Goiás), e 4,50m de um para-choque a outro. Provavelmente será esta a configuração escolhida para nosso mercado. Para os sul-coreanos haverá ainda uma versão esticada, com 2,75m de entre-eixos e 4,63m de comprimento.
Enquanto o exterior é rebuscado, a cabine parece simples e limpa, com botões físicos substituídos por superfícies sensíveis ao toque, uma tela multimídia bem larga (10,25”) e quadro de instrumentos todo digital.
O volante tem quatro raios. Em vez de alavanca, o seletor de câmbio automatizado de sete marchas traz botões no console.
Na parte mecânica, os motores 1.6 turbo (a gasolina ou a diesel) dão o tom. Há versões só com motor a combustão, bem como configurações mild-hybrid (híbrido-leve, que conta com a ajuda de um motor elétrico de 48 volts em situações pontuais), além de um híbrido convencional, com potência combinada de 230cv. No ano que vem haverá ainda um híbrido plug-in, de carregar na tomada.
Um detalhe curioso é que, na versão 100% a combustão, a potência é de 150cv, contra os 177cv do atual Tucson 1.6 turbo nacional.