Lançamento do novo Jeep será em 2021 (Foto: Divulgação/Jeep)

*Por Fernando Calmon

Há uma meta ambiciosa que a Jeep deseja alcançar em todos os países onde atua. De cada cinco SUVs vendidos no segmento pelo menos um deve ostentar sua conhecida grade de sete fendas verticais, ou seja, 20%. No Brasil este objetivo foi atingido antes de qualquer outro País. E assim a marca ganhou o direito de projetar aqui o terceiro lançamento, no segundo semestre de 2021. Um SUV inteiramente novo, de sete lugares, que não será simples derivação do Compass.

Não é a primeira vez que a Jeep projeta um produto novo fora dos Estados Unidos. O Grand Commander com sete lugares e o Commander, de cinco estrearam na China em maio de 2018. A marca americana ainda esconde o nome do modelo brasileiro, mas dessa vez haverá uma ofensiva exportadora para toda a América Latina. Certo é a oferta de motor turbodiesel importado e também do novo turboflex de 1,33 L e 180 cv produzido em Betim (MG). A central multimídia de 10 pol. Deverá ter conexão totalmente sem fio, se o smartphone permitir carregamento por indução.

A Jeep se prepara para comemorar 80 anos do surgimento do nome (registrado posteriormente) em 2021, quando importará da Itália o Renegade híbrido e revitalizará o Renegade brasileiro sem seguir exatamente as linhas do modelo europeu. Este ano a marca mantém a liderança entre os SUVs, suas vendas caíram menos que a média da indústria e seus dois produtos estão entre os dez mais vendidos. Faltando um trimestre para fechar o ano, o cenário atual deve se confirmar em 2020.

Quer vender o carro? O momento é agora

Veículos usados no segmento de automóveis e comerciais leves (94% do total) continuam a surpreender positivamente, segundo a Fenabrave. No comparativo entre setembro de 2019 e de 2020, as transações apresentaram alta de 8,41%. No acumulado dos primeiros nove meses dos dois anos a retração é de 24%, abaixo do que caiu o mercado de novos (33%).

O especialista Luca Cafici, CEO da Instacarro, explica a valorização dos usados. “Combinação de dois fatores (maior demanda com redução da oferta) gera um aumento significativo nos preços dos seminovos e usados. Assim, é um bom momento para quem deseja vender. Situação inédita pois normalmente automóveis se depreciam em vez de valorizarem. As pessoas evitam transporte público e carros de aplicativos em razão da pandemia”, diz.

Cafici ainda exemplifica modelos de tabelas de vendas de automóveis. “Em janeiro, por exemplo, o preço médio de um Volkswagen Fox 1.0 com 90 mil km rodados, era de 81% da Tabela Fipe – em agosto, subiu para 85%. Um Ford Ka 1.0 com baixa quilometragem foi negociado por 96% da Tabela Fipe em agosto, valorização de oito pontos percentuais em relação ao início do ano. Carros bem conservados e de alto giro com baixa quilometragem chegam a ser negociados por 100% da Tabela Fipe – ou até mais”, conta.

O CEO ainda diz que os valores de veículo voltaram a cair com a queima de estoque. “Outra razão: locadoras venderam seus estoques logo nas primeiras semanas da pandemia e, agora, só operam no varejo porque não conseguiram ter acesso a novos veículos, uma vez que a produção das fábricas foi paralisada. Isso, evidentemente, não vai durar para sempre. Quando as locadoras começarem a renovar suas frotas novamente e vender o estoque no atacado, a oferta aumentará bastante e os preços voltarão a cair”, conclui Cafici.

Alta Roda

Outra situação que foge do normal: a boa reação dos carros importados em meio à crise sanitária e à queda do PIB (Produto Interno Bruto). De acordo com a Abeifa (associação de importadores), em setembro deste ano as vendas (2.834 unidades) foram apenas 0,4% inferiores ao mesmo mês de 2019. Além dos compradores terem renda maior, houve antecipação de compras para aproveitar estoques de carros importados com dólar mais baixo do que hoje. Previsão da entidade é redução de 15% este ano sobre 2019, contra 30% do mercado como um todo.

Reed Exhibitions confirmou a Automec, de 6 a 10 de abril de 2021, no pavilhão São Paulo Expo. Reservada para fabricantes e clientes do setor de autopeças será uma feira híbrida: presencial e com forte interação digital. Haverá cuidados especiais para evitar aglomerações, o que implica uma diminuição de 15% no número de visitantes. A fórmula híbrida indica o caminho para o Salão do Automóvel de 2022.

Strada (nova e antiga gerações) levou a picape leve da Fiat a liderar o mercado geral em setembro pela quarta vez em seus 20 anos de história. As outras três vezes foram no primeiro trimestre de 2014. A diferença para o Onix foi simbólica: 163 unidades. Inédita versão de cabine dupla e quatro portas ajudou a atrair novos interessados. Versões de trabalho, como a Endurance Plus (cabine simples), responderam por mais de 50% da comercialização no mês passado. Caçamba tem 1.354 litros, 1,71 m de comprimento e pode transportar até cadeira espreguiçadeira com a tampa fechada, agora bem mais leve de manusear. (Colaborou Fernando Calmon)

 

 

 

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