Divulgação/Nissan

O Nissan Qashqai é um dos crossovers de maior sucesso na Europa desde seu lançamento, em 2007, e por vezes chegou a ser cogitado para o Brasil. Poderia, inclusive, ter antecipado em alguns anos o sucesso do Jeep Compass.

Se era um carro legal nas duas gerações lançadas até agora, poderá surpreender na terceira, que estreia na Europa em 2021. O crossover foi totalmente redesenhado, estreia uma plataforma inédita que será compartilhada com a Renault e também aposta forte na eletrificação.

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A Nissan até divulgou imagens dos protótipos do novo Qashqai e é possível notar que o novo não foge às proporções do antigo, mas ele está maior. O comprimento aumentou em 21 mm, para 4,43 m, largura em 32 mm para 1,84 m e a altura passou de 1,59 m para 1,61 m. Também espera-se algum ganho interno, visto que o entre eixos está 2 cm maior: passou a 2,66 m (3 cm a mais que o Jeep Compass).

Divulgação/Nissan

O vice-presidente da Nissan Europa, Marco Fioravanti, diz que mudanças fundamentais foram feitas. Um exemplo é a tampa do porta-malas, agora feito de um compósito plástico (lembra do Fiat Tipo?), enquanto as portas, para-lamas dianteiros e o capô passaram a ser de alumínio. Só isso economiza 23,6 kg no peso em comparação com o Qashqai que se despede.

Nissan Qashqai atual Divulgação/Nissan

A proporção de aços de alta resistência aumentou em 50%. Isso combinado ao uso de novas técnicas de estampagem e solda resulta em uma estrutura mais rígida. Também há influência da nova plataforma CMF-C, que estreia com o Nissan Qashqai. A estrutura básica agora é mais homogênea e deve absorver melhor as forças que surgem em caso de impacto, ao mesmo tempo que está 60 kg mais leve.

Divulgação/Nissan

Serão duas opções mecânicas bem diferentes. Mesmo os mais convencionais terão motor 1.3 a gasolina com um conjunto híbrido leve, ou seja, com gerador acionado por correia para recuperar a energia de frenagem e dar torque adicional ao motor ou permitir que o carro mantenha a velocidade constante sem gastar gasolina. Há variantes de 138 e 155 cv, com câmbio manual ou CVT e com tração integral opcional.

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A segunda opção é do conjunto e-Power, que também está previsto para o Nissan Kicks brasileiro. Ele até tem um motor a gasolina, mas que só funciona como um extensor de autonomia. Quem move o carro, de fato, é um motor elétrico de robustos 188 cv.

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Há bateria, que pode ser recarregada em tomada, mas o motor a combustão (que não é conectado às rodas) pode entrar em ação como gerador. Se a bateria acabar ele entra em ação e se a gasolina acabar é mais rápido encontrar um posto para abastecer o tanque de gasolina do que um ponto de recarga para repor a carga da bateria. Consequentemente, o motor a gasolina pode sempre funcionar como um motor estacionário, na faixa de rotação mais econômica.

A suspensão e direção também foram modificadas. A suspensão dianteira é sempre McPherson e a traseira pode ser eixo de torção ou multilink, dependendo dos pneus e do tipo de tração.

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Na tecnologia, a grande estreia é do ProPilot with Navi-Link, um piloto automático adaptativo que não atua apenas por meio de radar, mas também de informações sobre curvas fechadas e saídas no percurso, e que também intervém na direção ao mudar de faixa caso haja outro veículo no ponto cego.

Outra novidade no Nissan Qashqai são os faróis, que consistem em doze elementos de LED individuais que podem ser desativados individualmente em caso de trânsito em sentido contrário e, assim, iluminar de forma ideal a pista sem ofuscar os motoristas que se aproximam.

Divulgação/Nissan

Desde o lançamento, mais de cinco milhões de unidades do Qashqai foram vendidas em todo o mundo e mais de três milhões na Europa. Se tudo correr conforme planejado, a terceira geração do crossover estará disponível para encomenda a partir do início de 2021. Mas tudo indica que ele continuará distante do Brasil.

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