Pesquisadores da Escola de Engenharia de Stanford desenvolveram um sistema capaz de carregar as baterias decarros elétricos enquanto eles estão em movimento, semelhante ao carregamento por indução utilizado em celulares. O sistema, apesar de ainda estar em testes nos carros elétricos, já funciona para recarregar robôs — o que será útil para reduzir o tempo de inatividade e aumentar a produtividade em fábricas, por exemplo.

O projeto surgiu há três anos quando Shanhui Fan e Sid Assawaworrarit desenvolveram seu primeiro sistema baseado no carregamento sem fio. Em resumo, neste tipo de carregamento, a eletricidade é transmitida através de um campo magnético que oscila a uma frequência capaz de criar vibrações ressonantes nas bobinas magnéticas do dispositivo receptor.

Esta frequência ressonante muda se a distância entre a fonte e o receptor for alterada mesmo em uma pequena escala — o que funciona muito bem para celulares, já que eles ficam parados enquanto recebem a carga. Sabendo disso, a dupla incorporou um amplificador e um resistor de feedback ao sistema para permitir que ele ajustasse a frequência automaticamente caso houvesse algum distanciamento.

a Promobit/Reprodução 

No entanto, o sistema utilizava muita energia para fazer essas correções constantes, de modo que apenas 10% de força era transmitida como energia para o carro. Após ajustar esse problema trocando os amplificadores, a dupla chegou à atual configuração de seu sistema de carregamento, que possui nada menos do que 92% de eficiência de transmissão.

Com esta atualização, o sistema consegue transmitir 10 watts de eletricidade a uma distância de até 90 centímetros. Mas, segundo Shanhui Fan, é possível enviar dezenas ou centenas de quilowatts para um carro elétrico e a capacidade de carregamento pode ser facilmente expandida.

O cientista destacou que esta tecnologia é rápida o suficiente para reabastecer um automóvel elétrico, mesmo que ele esteja em alta velocidade, já que transmissão sem fio leva apenas alguns milissegundos. Shanhui Fan pontuou que o único fator limitante seria a velocidade com que as baterias do carro conseguem absorver a energia.

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