Guiámos na região de Cascais o novo Toyota Yaris que chega a Portugal no verão. Promete ser o campeão da segurança e aposta numa unidade híbrida que se destaca pelos consumos muito baixos. Gostámos, também, da segurança e da dinâmica da condução. Ainda não tem preço previsto

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O novo Toyota Yaris que chega a Portugal no verão com uma nova plataforma (derivada daquela que dita o sucesso do novo Corolla) que se destaca pela rigidez estrutural, novas suspensões e uma direção muito mais comunicativa. Enquanto a carroçaria é mais curta (5 mm) já a distância entre eixos cresceu 50 mm, a altura foi reduzida em 40 mm e a largura cresceu 50 mm. Resultado: o novo Yaris mede menos de quatro metros de comprimento mas a habitabilidade é melhor e a aparência mais dinâmica, beneficiando, também, do facto de a colocação do centro de gravidade estar numa posição mais baixa.

No interior notamos a qualidade de sempre (materiais e fixações) e um tablier totalmente novo mas a nota principal vai para a posição de condução mais baixa e para o volante (mais pequeno) estar agora mais próximo de nós e oferecer mais possibilidades de regulação. O conforto beneficia ao aumento da rigidez estrutural e da utilização de novos materiais isolantes, o que explica a quase ausência de ruídos e vibrações. O espaço na traseira permite que dois adultos viagem sem constrangimentos, enquanto na frente a distância entre os ocupantes é maior, sobressaindo a montagem (de série em todas as versões) dois airbags laterais, o que acontece pela primeira vez num automóvel deste segmento. É a tradução da forte aposta na segurança, materializada em equipamentos como o head-up display (projeta no para-brisas as principais informações, incluído as referentes ao sistema de navegação), o que permite que mantenhamos sempre a atenção na estrada.

Segurança em destaque

Crucial é, igualmente, o facto de o Yaris estrear a fase
mais avançada do Toyota Safety Sense que conjuga agora uma camara frontal e um
radar (em vez de laser). Estas duas unidades asseguram diversas funções, como a
deteção de obstáculos à nossa frente (identifica ciclistas e peões, mesmo à
noite, por exemplo) e a monitorização do trânsito cruzado à nossa frente e na
traseira (muito importante quando saímos de um parque de estacionamento)
aplicando uma travagem de emergência e evitando a colisão desde que circulemos
abaixo de 40 km/h. Outra das funções assegurada é a manutenção da faixa de
rodagem (Lane Assist), e a gestão do cruise control adaptativo que funciona
agora entre 0 e 180 km/h (consoante a programação permite que o carro acelere e
trave sozinho, mantendo a distância de segurança para o veículo da frente). A Toyota
acredita que o Yaris é o carro mais seguro do segmento.

Economia em alta

Sob o capot podemos encontrar o bloco de três cilindros de
1,0 litros já conhecido (72 cv) mas o destaque vai para a reformulação completa
do módulo híbrido. Na base do sistema está o motor a combustão de ciclo
Atkinson, com três cilindros e 1,5 litros de cilindrada (91 cv) que deriva da
unidade quadricilindrica de 2.0 litros que equipa o Corolla, a que se junta um
motor elétrico com 59 kW (80 cv) de potência. A potência combinada é de 116. A
alimentação do motor elétrico está a cargo de uma pequena bateria de iões de
lítio que substitui a anterior (níquel/metal) por, segundo a Toyota, assegurar
uma maior rapidez de retenção e libertação da energia elétrica. A capacidade da
nova bateria não foi revelada, preferindo os responsáveis da Toyota sublinhar
que “em condições normais, 80% da condução em cidade pode ser realizada em modo
elétrico”. A questão da autonomia em modo elétrico também foi contornada, mas
deve rondar os 2 a 5 km, podendo ir mais além aproveitando ao máximo a
capacidade de regeneração.

Tal como a bateria e o motor, também o módulo de transmissão
é novo, mais compacto e mais rápido a entregar a potência às rodas, sem conseguir
evitar a sensação de “deslizamento”.

Condução surpreende

Conduzimos uma unidade de “pré-série” do novo Yaris na
região de Cascais e essa reação “hesitante”(e ruidosa) à ordem do acelerador
foi a única nota negativa de uma evolução que impressiona em todos os restantes
aspetos. A posição de condução é excelente e a solidez referida (acréscimo de
37% face à geração que agora sai de cena) sente-se na condução, nomeadamente no
que toca à precisão, facto a que não é estranha a colocação, por exemplo, de
uma barra a unir as torres da suspensão dianteira, uma “dica” do departamento
de competição (GR).

Quanto à unidade híbrida mantém com facilidade um bom ritmo
de viagem mas a reação é sempre demorada (10,5 segundos nos 0-100 Km/h). Tal
como acontece no Corolla o principal atributo reside nos consumos muito baixos
que conseguimos, mesmo numa condução despreocupada. Em modo “Eco” deixámos
Cascais pela estrada Marginal e mesmo com algum trânsito, ao fim de 9 km a
média no computador de bordo situava-se nos 3,6 litros. De seguida fizemos uma
incursão pelo interior de Oeiras, durante 6 km a média manteve-se nesses
valores, para na chegada à autoestrada, num percurso de 14 km no modo que assegura
a maior disponibilidade de potência, verificarmos uma média 5,7 litros/100 km,
mas com uma velocidade média, nesse troço, de 120 km/h. No final da A5 e para o
restante trajeto que incluía a estrada da Malveira, rumo a Sintra, Colares,
Guincho e regresso a Cascais, optámos, de novo pelo modo “Eco” e para uma
velocidade média de 52 km/h (mesmo com algumas acelerações bruscas para avaliar
a transmissão), no final o computador acusava 3,9 L/100 Km, apenas duas décimas
mais do que o valor oficial (3,7 L/100 km, para ciclo WLTP), adotando uma
condução despreocupada, com zona de serra e trechos bastante congestionados.

O novo Toyota Yaris chega a Portugal no verão, não existindo ainda preços anunciados.

Veja aqui o video do novo Toyota Yaris

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