O Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), atua como agente catalisador do desenvolvimento tecnológico e industrial, através da transferência de tecnologia entre Universidade e Empresas, além de proporcionar e garantir a capacitação de recursos humanos de qualidade. Em visita ao campus de Cascavel, o superintendente geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, conheceu os projetos desenvolvidos no Núcleo.
Na oportunidade, a equipe do NIT, coordenada pelo professor Reginaldo Ferreira Santos, apresentou a elaboração e funcionamento de vários projetos em andamento, sendo eles: Carro elétrico, Carro híbrido, Prensa 4.0, Usina solar, Bioenergia, 3D calota craniana, Eletroposto startup (o primeiro com tecnologia 100% nacional), Agronline, e Mobilidade elétrica (clique e conheça mais sobre os projetos).
Um dos projetos apresentados na ocasião, por exemplo, foi o Trator Elétrico. Após a instalação de um Centro Tecnológico Automotivo (CTA), para o desenvolvimento de veículos elétricos, e a parceria para a confecção de eletropostos, a Unioeste uniu-se à empresa Moldemaq de Jaraguá do Sul para a eletrificação de um transportador agrícola. Em parceria com a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o objetivo do trabalho é transformar um trator, que hoje é movido à combustão, em elétrico.
Segundo o professor Reginaldo Ferreira Santos, após a criação do CTA na Universidade, muitas possibilidades começaram a aparecer, em relação a carros elétricos. “Temos, em funcionamento, uma startup relacionada ao abastecimento de carro. Nesse sentido, a Unioeste é capaz de fazer um sistema de abastecimento de carro elétrico, algo relativamente interessante para o País, porque a maioria dos carros são importados. Então, agora, temos a possibilidade de trabalhar com a eletrificação de um trator rural”.
O projeto surgiu da ideia de disponibilizar propulsão elétrica para máquinas agrícolas. O professor Flávio Gurgacz explica que a Unioeste buscou a parceria com empresas que já fabricam equipamentos agrícolas, para partir de algo que já existe como produto, e, a partir daí, aplicar a motorização elétrica, pensando no aproveitamento da energia solar que existe no meio rural.
No primeiro momento, será escrita uma dissertação para avaliar e realizar o levantamento dinamométrico do trator, associado a parte de combustão. Reginaldo explica que é necessário ter conhecimento de como o veículo funciona em combustão, para posteriormente comparar com o desempenho elétrico.
A dissertação será escrita pelo engenheiro mecânico Thiago Trentini, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola. Segundo ele, essa parte de eletrificação é um caminho sem volta, e a tendência é que tudo migre para esse ponto. “Vamos mapear todo o equipamento, coletar todas as informações, e usá-las como dados de controle. Mais importante do que esse projeto em si, é essa abertura do estudo de eletrificação dentro da Universidade. Soma para sociedade, para empresa, para os acadêmicos e para a Instituição”.
Além do aproveitamento da energia solar disponível no campo, o projeto também contribui na redução dos impactos de emissão de poluentes, provocado pela queima de combustíveis fósseis. “A importância desse trabalho para Unioeste, é que nos coloca numa posição de destaque no cenário de utilização de fontes renováveis de energia. São poucas instituições no mundo trabalhando na área de eletrificação de veículos agrícolas. Assim, vamos conseguir agregar o conhecimento que já existe, da parte de mobilidade elétrica e urbana, e agregar com um equipamento agrícola”, explica Flávio.
Com assessoria
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