A Disrupção na Indústria Automobilística: A Proibição dos Carros a Combustão na Europa

A decisão do Parlamento Europeu em 2020 de proibir a venda de carros novos com motor a combustão na região a partir de 2035 trouxe consigo uma série de previsões sombrias para a indústria automobilística e a cadeia de suprimentos. Essa medida, conhecida como disrupção, está provocando impactos significativos e funestos em diversos setores.

Passados pouco mais de três anos desde a decisão, os efeitos da disrupção já são evidentes. Desemprego em larga escala, fechamento de fábricas de automóveis, incerteza na indústria sobre o caminho a seguir e gastos bilionários para a transição da propulsão dos automóveis da combustão para a eletricidade, bem como investimentos na construção de novas fábricas de baterias.

A disrupção é muitas vezes associada a uma abordagem progressista que visa causar caos socioeconômico e demonstrar uma suposta falha do capitalismo. Tudo isso em nome de combater o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4) como responsáveis pelo efeito estufa e pelas mudanças climáticas consideradas como “catastróficas”.

Apesar do consenso científico sobre a relação entre os gases de efeito estufa e o aquecimento global, algumas questões ainda permanecem em aberto. A disrupção causada pela transição da propulsão dos automóveis e suas consequências também geram controvérsias.

A frota mundial de carros de passageiros e veículos pesados está em constante crescimento, com apenas uma pequena porcentagem representada por veículos elétricos e híbridos. A transição da frota para a eletricidade como única solução para a questão do efeito estufa é um desafio considerável, uma vez que a grande maioria dos veículos em circulação ainda utiliza a propulsão a combustão.

Além disso, a mudança para veículos elétricos coloca em questão outras fontes de emissões de CO2, como as usinas termelétricas. Também há preocupações relacionadas à extração de lítio e cobalto para a produção das baterias dos carros elétricos.

Os custos elevados e os benefícios questionáveis da transição para a propulsão elétrica colocam em xeque a decisão do Parlamento Europeu de impor essa transição em um prazo relativamente curto.

Quanto ao carro elétrico, muitos enxergam nele uma alternativa viável, especialmente para uso urbano. Seu desempenho e eficiência são vantagens consideráveis, apesar do alcance limitado e dos desafios de infraestrutura para carregamento.

No entanto, a imposição da propulsão elétrica como única solução é considerada desnecessária e que o mercado é capaz de fazer suas próprias escolhas.

Em resumo, a disrupção causada pela proibição dos carros a combustão na Europa está gerando consequências significativas e incertas para a indústria automobilística e a economia como um todo. A transição para veículos elétricos apresenta desafios consideráveis e levanta questões sobre o verdadeiro impacto ambiental dessa mudança. É fundamental que as decisões em relação ao futuro da mobilidade sejam baseadas em critérios técnicos, econômicos e ambientais, e que levem em consideração as implicações de longo prazo para toda a sociedade.

Fonte: O PROBLEMA É DE RELAÇÃO CUSTO-BENEFÍCIO – Autoentusiastas

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