Hora de digitar as impressões a bordo do Lexus UX 250 durante os três mil quilômetros que percorri entre as cidades de Miami e Gatlinburg, nas montanhas do Tennessee. Na metade do caminho, uma parada técnica em Savannah, na Geórgia, que é separada da Carolina do Sul pelo rio do mesmo nome, e exibe um cenário e tanto fora do básico da Flórida.
Mas vamos ao crossover e o que ele oferece como automóvel. A primeira pergunta poderá vir dessa maneira: tem bagageiro para isso? Tem sim. Se você for minimalista e menos consumista. Aproveitar a viagem como roteiro de lazer e nada de gastar o dindin com compras em excesso. O que serve para qualquer destino no Brasil ou fora dele.
Divertido, compacto e no esquadro. A luxuosa Lexus acertou quando lançou o modelo de entrada da marca, o UX250h logo abaixo do NX300h. Híbrido no Brasil, o carro é atração de vendas no mercado norte-americano, fácil de vê-lo nas ruas de Miami e Los Angeles, por exemplo. E por aqui será que vai seguir um ritmo semelhante?
Foram três mil quilômetros e um pouco mais com o modelo de 4,49 metros e quatro ocupantes. A cada parada, ou no final do percurso, depois dos alongamentos, motorista e carona da frente voltavam inteiros para os assentos em couro de fino acabamento, combinando os bancos vermelhos e o interior preto. Já os dois passageiros de trás tinham que sair do leve aperto.
No Brasil, a versão Dynamic de R$ 170 mil é a peça de largada da divisão de luxo da Toyota. O UX, de design escultural, faróis afilados e lanternas unidas por uma faixa central na tampa traseira é bonito. A posição de dirigir destaco como um dos pontos que merece elogio.
Existe aquela sensação de bem-estar quando você afivela o cinto e aperta o botão de partida. Talvez seja o encontro com parte do luxo japonês. Nível de ruído baixíssimo, não vou exagerar, o acabamento é completo.
A bordo, uma família completa com direito a duas malas médias no bagageiro e uma bela estrada pela frente. As duas mochilas foram no meio da dupla do banco de trás. No Brasil falta a empresa acertar a capacidade volumétrica do porta-malas removendo ou substituindo a caixa de moldura do que serviria ao estepe (que não existe) e das ferramentas. Por aqui o tamanho é de 234 litros e o pouco espaço não agrada a maioria que vai no show-room visitar o SUV.
A F-Sport com oito bolsas infláveis e sensores para todos os lados é a topo da lista, por R$ 215 mil, foi a nossa escolha para desbravar um novo horizonte. Conectividade (CarPlay e Android Auto) disponíveis na versão. Conexão que começa a chegar na linha 2020 com exibição no multimídia de 10,3 polegadas manuseado por um touchpad no console central.
O conjunto motor e câmbio se encaixa na medida certa em nome da economia de combustível. O híbrido tem um 2.0 de quatro cilindros que gera 145 cv de potência e 18,8 kgfm de torque somado ao elétrico dianteiro que juntos combinam a entrega de 181 cv. O câmbio faz parte de um transeixo e segue o base do CVT com simulação de 6 marchas. A máxima é de 177 Km/h na ficha técnica do fabricante. O SUV calça aro 18 polegadas 255/50 runflat (sem estepe viu).
Não exija alta performance mas divirta-se no momento de ativar o modo Sport +, no seletor localizado ao lado do cluster, além de mudar o grafismo e cor do relógio do painel, o UX sobe o giro e o modo de condução fica mais arisco. A suspensão é adaptativa e o UX se exibe nas curvas. É firme.
Esse recurso, exclusivo da linha F Sport ainda oferece os modos Eco, Normal, Sport e Sport + como opção de condução. A condução EV funciona em situações de baixa velocidade em até 40 Km/h. E ninguém precisa da tomada para carregar a bateria. É autorrecarregável.
Pensando em poupar, economia é outra virtude porque o carro chega perto dos 19 Km/l na estrada e na cidade, uma média de 17 Km/l. O tanque de gasolina não é dos maiores e cabem 43 litros, ou seja, 817 quilômetros de autonomia ou algo perto disso no rodoviário. Mas lembre-se que o modo de condução influencia no resultado da autonomia.