O Mégane eVision foi apresentado em outubro do ano passado aquando da exposição dos planos de Luca de Meo, CEO do Grupo Renault, para o futuro da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Este modelo pretende retomar o investimento da marca do losango no segmento C, mas desta vez a pensar na neutralidade carbónica ao apresentar um veículo elétrico.
O automóvel foi baseado na plataforma CMF-EV desenvolvido universalmente para o seio das fabricantes da aliança, com vista a diminuir custos de investigação e, por forma a garantir a integração de módulos de construção compatíveis entre marcas oferecendo uma maior competitividade em relação a outras fabricantes no mercado. Especialistas no segmento C, os engenheiros da Renault podem ter conseguido criar aquilo que muitas concorrentes desejariam para um crossover.
Em outubro, o modelo apresentado durante o Renault eWays, segundo palavras de Luca de Meo, traduzia-se numa edição com 95% de proximidade ao produto final de fabrico em massa, onde existe espaço a alguns excessos e marketing do próprio modelo. Contudo, o novo automóvel parece já ter chegado aos testes de rua, pois foi avistado (ainda que camuflado) a circular numa via pública, onde o destaque foi para as diferenças (que serão os 5% de alterações face ao apresentado no final do ano passado).
Embora o veículo tenha sido camuflado, a estrutura do automóvel (particularmente nas extremidades), as rodas e os vidros são bastante evidentes. Os faróis dianteiros apresentam uma espessura semelhante, no entanto, claramente diferentes daqueles apresentados no evento. Durante o Renault eWays, o carro-conceito configurava uma bateria de 60 kWh que permitia 450 km de autonomia associado a um motor elétrico dianteiro de 215 cv. Contudo, a edição final do modelo deve contar com diversas opções tanto de potência e quantidade de motor (mono ou bi-motor) e baterias com alcances diferentes.
Confira o artigo «Mégane eVision é a nova proposta 100% elétrica da Renault» onde poderá saber mais sobre o anúncio deste veículo. Esta proposta faz parte de um grande plano de transformação do Grupo Renault delineado por de Meo com vista a expandir a oferta elétrica e recuperar as margens de lucro de outrora.
Este hatchback partilha o tão reconhecido nome da marca Renault, o Mégane, de modo a ligar a modernidade às edições mais antigas a combustão, que são vendidos atualmente sobe a alçada do Grupo Renault. O crossover elétrico vem reforçar uma tendência premente do mercado que não foge aquilo que é a essência da gama Mégane. Esta gama abrange hatchbacks, station-wagons (modelo carrinha) e os sedan, o que faz com que este crossover seja o mais recente elemento a reforçar a marca e a gama.
O Mégane eVision está previsto para ser produzido na fábrica da Renault em Douai, na França, junto com o Renault 5 elétrico reinventado que a empresa anunciou recentemente. Confira o nosso artigo sobre «O emblemático Renault 5 regressa em modo elétrico» que marca o regresso a um tempo de glória do Grupo Renault, em particular, da própria Renault, de um modelo que fez história.