O novo CX-60 é um dos modelos mais desejados da Mazda dos últimos tempos, uma vez que dá início a uma renovação da gama e é o passe de entrada numa nova era eletrificada.

Já passaram uns anos desde que a Mazda trouxe um novo modelo para o mercado, mas este novo CX-60 que chega agora a Portugal, depois de ter sido apresentado oficialmente no início de março, não é apenas uma nova adição. Com o Mazda CX-60, a marca dá início a uma nova fase de transformação que já conta com mais novidades na agenda além deste novo SUV, mas, para já, este é o porta-estandarte de uma nova Mazda. E agora, é o momento em que as primeiras unidades começam a chegar ao mercado nacional, respondendo inicialmente às pré-encomendas já efetuadas no passado mês de fevereiro.

Kodo design e Jinba-Ittai parecem dois termos estranhos e que pouco podem dizer a uma data de pessoas, tal como muitas outras das expressões japonesas que os construtores nipónicos costumam usar. Mas estes são dois temas que conseguimos associar facilmente à Mazda e por motivos completamente diferentes. A linguagem de Design Kodo é um conceito recente e que carateriza o estilo da carroçaria, de linhas fluidas e elegantes e o Jinba-Ittai refere-se à ligação entre o cavalo e o cavaleiro, ou o condutor e a máquina, que sempre foi uma característica de qualquer um dos modelos da marca, independentemente da sua gama, tamanho ou preço. E o CX-60 não é exceção.

O novo SUV da Mazda inclui a interpretação mais recente deste Kodo Design, com um visual mais agressivo e com novos detalhes, mas as linhas continuam a ser bastante fluidas e mantém-se o cuidado de jogar com as sombras e com a forma como a luz incide na carroçaria para criar diversos dos seus traços. A enorme grelha frontal é ainda mais ampla enquanto os grupos óticos dianteiros diminuíram de tamanho. Atrás, e de forma a enfatizar a maior largura da carroçaria, estão presentes óticas mais largas e esguias, acompanhada de uma assinatura visual em LED que também segue uma linha mais elegante, mas com um toque desportivo.

Compêndio de terminologias

Uma vez a bordo, os termos nipónicos divulgados pela marca são quase um compêndio de técnicas de produção dos mais variados elementos, desde as costuras à prensagem de componentes, mas que, de uma forma geral, nos dizem que este é mesmo um bom lugar para passarmos uns minutos ou mesmo umas horas. O contraste entre vários tipos de materiais tentam criar uma imagem de requinte, digna do novo topo de gama da Mazda e como não poderia deixar de ser, é o lugar do condutor que conta com o maior destaque. Ainda assim, a regra principal do desenho no habitáculo está relacionada com o minimalismo e com a simplicidade das linhas, fomentando um ambiente tranquilo e muito sereno, reflexo da beleza calma e digna do espaço vazio, ou seja, o conceito japonês de Ma. Não conseguimos evitar, temos de adicionar este à lista.

A componente tecnológica do novo Mazda traz um novo painel de instrumentos totalmente digital, com ecrãs que se alternam consoante o modo de condução selecionado, mas também um enorme monitor no topo da consola central, mais largo e mais baixo que o habitual, para que também se integre da melhor forma com o resto do conjunto. Felizmente, a grande maioria dos comandos continuam a estar a cargo de botões físicos, com as funções principais com uma tecla de acesso direto do lado esquerdo da coluna da direção, como é hábito nos modelos japoneses.

O primeiro dos Mazda híbridos

Inicialmente, o Mazda CX-60 estará apenas disponível nesta versão híbrida plug-in com uma potência total combinada de 327 cavalos, mas diversas opções em termos de equipamento. O motor térmico pertence à família Skyactiv-G, sendo uma versão adaptada para esta solução, com 2,5 litros de cilindrada e um sistema de injeção direta de combustível. Além deste está também presente um motor elétrico de 175 cavalos, alimentando por uma bateria de 355V e uma capacidade de 17,8 kWh. E para completar, o sistema conta igualmente com uma nova caixa de velocidades automática de oito relações. No total, o sistema híbrido do novo Mazda CX-60 conta com uma potência máxima de 327 cavalos e um binário de 500 Nm, valores que lhe conferem o título do modelo de estrada mais potente alguma vez produzido pela Mazda. E por falar em valores, há ainda uns da ficha técnica que também merecem destaque, tais como os 60 quilómetros de autonomia máxima em modo totalmente elétrico e também os 1,5 litros de combustível que a marca declarada para cada 100 quilómetros percorridos. Nas prestações, a aceleração dos 0 aos 100 km/h demora 5,8 segundos e a velocidade máxima anunciada é de 200 km/h, estando limitada pela eletrónica.

Gama e preços em Portugal

Em termos de preços, a oferta do Mazda CX-60 começa nos 52.290 euros da versão Prime-Line, já com um nível de equipamento bastante completo. No entanto, esta não será a mais desejada se olharmos para as outras em primeiro lugar, nomeadamente a Homura e a Takumi, que entram diretamente para o topo da oferta nesta gama, com valores de início entre os 56.290 e os 57.840 euros. A mais completa da gama é a Takumi com todos os pacotes de equipamento, que tem um valor abaixo dos 65.500 euros. O único extra disponível no Mazda CX-60 é uma das oito cores disponíveis para a carroçaria, com o característico Soul Red a ocupar o lugar de maior destaque nesta escolha, seguido do Rhodium White que faz a sua estreia com este modelo.

Consoante os níveis de equipamento, podem estar presentes sistemas de som melhorados, diferentes combinações decorativas para o habitáculo, um teto de abrir panorâmico e até duas tomadas de 220V, uma nos assentos traseiros e outra na bagageira, pois nunca saberemos quando surge uma inesperada e urgente vontade de fazer um chá e descansar um pouco, quem sabe, enquanto o carro está a carregar.

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