Hyundai ajuda a esclarecer as dúvidas sobre os carros elétricos antes de adquirir um EV: dicas para a sua utilização e com a melhor autonomia
Hyundai ajuda a esclarecer as dúvidas sobre os carros elétricos antes de adquirir um EV: dicas para a sua utilização e com a melhor autonomia
Antes de se optar pela compra de um carro elétrico é essencial perceber quais as principais diferenças entre as tecnologias e o que muda na rotina de uma pessoa que compra um veículo elétrico (EV). Este conhecimento será fundamental para uma tomada de decisão mais ponderada e correta.
Um veículo eletrificado não é necessariamente o mesmo do que um carro elétrico e a Hyundai, marca que disponibiliza no mercado europeu cinco tipos de motorizações eletrificadas diferentes, preocupou-se em elucidar essas diferenças para que, com uma série de dicas, se tenha em conta o que é preciso saber antes de adquirir um carro elétrico – incluindo as mudanças que terão impacto no dia a dia.
Comecemos então pelo que é essencial saber e que faz parte das respostas às perguntas que mais frequentemente são feitas quando os carros elétricos começam a fazer parte das opções dos consumidores.
1 – Abastecimento vs. Carregamento
Talvez não seja a principal diferença, mas é, sem dúvida, aquela que mais impacto tem na rotina dos proprietários de automóveis elétricos. Os veículos convencionais (com motor a combustão) são abastecidos com o tipo de combustível (diesel ou gasolina) indicado pelo fabricante. Sempre que necessário, ou quando o proprietário considere conveniente, ‘basta’ uma deslocação até um posto de abastecimento para que, em cerca de poucos minutos, o carro tenha combustível suficiente para percorrer centenas de quilómetros.
Em relação aos carros elétricos, a rede de abastecimento está em plena dinâmica crescente. Nos últimos anos, a rede energética tem registado um aumento rápido e considerável sendo já, de acordo com a MOBI.E, 50 as cidades portuguesas onde se pode carregar um EV, num total de 1.250 postos de carregamento de rua.
A rede pública possui três tipos de postos de carregamento: normais, de 3,7 kVA; semirrápidos, de 22 kVA: e rápidos, de 43 kVA. Os postos normais – que começaram a ser pagos a partir de julho – são os mais benéficos para as baterias, pois ajudam a preservar a sua capacidade e bom funcionamento, demora mais tempo. Os postos de carregamento rápido (também conhecidos como supercarregadores), encontram-se, na sua maioria, em áreas de serviço de autoestradas: dependendo da potência do supercarregador – que varia entre os 50 e os 350 kW – podem carregar até 80% da bateria em cerca de 30 minutos.
Os tempos de carregamento variam também de acordo com a bateria do automóvel. Seja em casa (na tomada doméstica ou com uma wallbox), seja nos postos públicos, uma bateria de 39 kWh vai exigir menos tempo de carregamento do que uma bateria de 64 kWh.
A Hyundai desenvolveu um simulador que permite calcular o tempo de carregamento necessário para obter uma determinada percentagem de bateria e respetiva autonomia, de acordo com o modelo do carro e a capacidade da bateria.
2 – Como se pode carregar um carro elétrico na rede pública?
O carregamento dos carros elétricos na rede pública implica a aquisição de um cartão para aceder às máquinas localizadas nos postos de carregamento. É necessário celebrar um contrato com um Comercializador de Energia de Mobilidade Elétrica (CEME), que é, na realidade, uma empresa fornecedora de energia com oferta comercial para a mobilidade elétrica – à qual se pagará a eletricidade consumida nos carregamentos.
Este, porém, não é o único custo com o carregamento na rede pública. É preciso ter ainda em conta os impostos aplicáveis e o custo de utilização do posto: um valor que tem de ser afixado em cada posto pelos operadores de mobilidade, ou seja, pela empresa responsável pela instalação e operação desse posto de carregamento.
3 – Autonomia
Embora a autonomia dos carros elétricos tenha vindo a aumentar e seja possível encontrar no mercado alguns veículos que oferecem autonomias superiores a 400 quilómetros, os veículos convencionais conseguem oferecer uma autonomia superior. No entanto, a menos que se percorra grandes distâncias diariamente (500 quilómetros, por exemplo), a situação da autonomia e carregamento do automóvel resolve-se facilmente com o planeamento da utilização do automóvel.
No caso de se fazer, por exemplo, 300 quilómetros diariamente, será de se carregar o carro também todos os dias à noite para garantir que no dia seguinte se terá autonomia suficiente. Mas, se pelo contrário, os percursos diários forem de, por exemplo 20 quilómetros, uma carga poderá ser suficiente para toda a semana.
(Na segunda parte do artigo haverá dicas para otimizar a autonomia dos carros elétricos.)
4 – Manutenção dos automóveis elétricos
Quando se trata de manutenção, a Hyundai destaca as vantagens dos seus veículos elétricos, pois a periodicidade aquela é inferior à sa restante gama com motor a combustão, é mais simples e é também mais económica.
Os veículos a combustão devem fazer uma revisão a cada 15.000 km, aproximadamente, enquanto um carro elétrico deve fazê-lo a cada 50.000 km. Um veículo a combustão tem muitos mais componentes que exigem manutenção e substituição periódica do que um elétrico como, por exemplo, o filtro de combustível, filtro de óleo, óleo do motor, correia de distribuição; que simplesmente não existem no veículo elétrico.
Adicionalmente, as pastilhas dos travões, por exemplo, têm um menor desgaste nos carros elétricos Hyundai, pois estes têm um sistema de travagem regenerativa que apenas utiliza as pastilhas de travões em travagens repentinas e a fundo; sendo por este motivo menos frequente a necessidade de manutenção e a substituição de componentes.
5 – Benefícios e incentivos fiscais para carros elétricos
No que respeita impostos, os automóveis elétricos são bastante favorecidos, pois, para além de existirem apoios e isenções específicas para os veículos elétricos, os carros a combustão são cada vez mais penalizados com aumento de impostos.
Entre os incentivos do Governo de Portugal para a aquisição de carros elétricos estão a isenção do Imposto Único de Circulação (IUC) e a isenção do Imposto Sobre Veículos, que diminui o preço final de venda do veículo.
O Estado criou ainda adicionalmente um apoio monetário de 3.000 euros. A candidatura a este apoio tem de ser apresentada em formulário próprio no site do Fundo Ambiental. Em 2020, este incentivo tem como limite total anual os 4.000.000 de euros incluindo todas as categorias de veículos considerados (ligeiros elétricos, motociclos de duas rodas e ciclomotores elétricos, bicicletas elétricas, bicicletas de carga e bicicletas convencionais).
No caso das empresas, existe ainda a possibilidade de dedução do IVA do veículo permitindo reduzir significativamente o valor do seu custo.
Dicas para a otimização da autonomia dos carros elétricos
A Hyundai sublinha que os veículos elétricos são a opção mais económica para quem quer adquirir automóvel, pois, embora o custo de aquisição de um carro elétrico seja à partida superior à de um veículo convencional, o que se poupa em abastecimentos e na manutenção, para além dos benefícios fiscais, acaba por compensar.
Na plataforma Blue Academy – que demos a conhecer e a cujo simulador de carregamentos já fizemos aqui referência – a marca sul-coreana procura esclarecer todas as dúvidas sobre a mobilidade ecológica.
Na resposta às dúvidas surgem mais dicas e, como também prometido, de seguida apresentamos conselhos que serão muito úteis na otimização da autonomia dos veículos elétricos – no sentido de fazer coincidir os consumos energéticos com os anunciados pelos fabricantes.
1. Utilizar o modo ECO
Os vários programas de condução são cada vez mais frequentes nos automóveis e nos carros elétricos também. Recorrer ao modo económico (ou ECO) como preferencial é uma regra básica para preservar e até maximizar a autonomia, mesmo que limite a utilização de outras características do automóvel.
2. Evitar utilizar o cruise control
Este sistema de apoio à condução, mesmo que adaptativo, não consegue identificar atempadamente vários fatores como as características da estrada ou o comportamento dos restantes condutores ou peões. Para preservar a autonomia do veículo elétrico, o ideal será não utilizar com frequência o cruise control. Será tirando proveito das características da estrada e do estado do trânsito que se poderá poupar autonomia e até regenerar alguma energia.
3. Ter atenção à velocidade
Quanto maior for a velocidade, maior será o consumo de energia e a autonomia será sempre ’sacrificada’ em função do peso no acelerador.
4. Evitar travagens repentinas e abruptas
Deverá ser evitado, sempre que possível, fazer travagens repentinas ou abruptas e dar preferência às travagens mais suaves. Travar e forma suave permite que o sistema de travagem recupere energia e a armazene. Pelo contrário, uma travagem mais brusca faz com que o veículo tenha que usar o sistema de travagem tradicional: além do desgaste normal das pastilhas dos travões, não recuperará qualquer energia.
5. Planear o percurso
Planear o trajeto a percorrer permite antecipar diferentes variáveis e adaptar o estilo de condução de forma a otimizar a autonomia do veículo elétrico.
6. Evitar ligar o ar condicionado
A utilização do ar condicionado afeta a autonomia dos carros elétricos. Deve evitar-se utilizar este equipamento por longos períodos de tempo pois estará sempre a consumir energia. Fica a dica: ligar o ar condicionado enquanto o veículo está parado e ligado à corrente elétrica arrefecendo-o previamente antes da viagem evitando perder uma grande quantidade de autonomia já durante o trajeto a percorrer.
7. Dar preferência ao aquecimento dos bancos
O aquecimento dos bancos vai consumir menos energia do que o ar condicionado e aquela função deve ser a escolha preferencial nos dias em que o frio se fizer sentir.
8. Verificar o estado geral do automóvel elétrico
É essencial verificar se o automóvel se encontra com as condições necessárias para circular em segurança. Uma das condições para que a autonomia do carro elétrico não seja afetada desnecessariamente é garantir que a pressão dos pneus é a correta.