Uma nova e inovadora categoria para o automobilismo mundial, com foco no meio ambiente. Nascida com o status de campeonato internacional da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a Extreme E vai iniciar sua trajetória neste fim de semana com o XPrix do Deserto, na cidade de Alula, na Arábia Saudita. O SporTV 2 mostra as semifinais inéditas (serão realizadas na madrugada) e a final do evento ao vivo na manhã de domingo, a partir das 7h (de Brasília), comigo nos comentários e Bruno Fonseca na narração.

O Odyssey 21 passou por vários testes antes da estreia da Extreme E, neste fim de semana — Foto: Divulgação/Extreme E

E o blog Voando Baixo preparou uma série de posts especiais sobre a nova categoria. E no primeiro deles vamos apresentar o SUV elétrico que será usado nas corridas, o Odyssey 21, fabricado pela Spark Racing Technology, mesma empresa responsável pelo monoposto da Fórmula E. A primeira aparição do carro aconteceu em julho de 2019 no tradicional Festival da Velocidade de Goodwood, na Inglaterra. O primeiro protótipo foi desenvolvido em apenas dois meses, sob as instruções do espanhol Alejandro Agag, CEO da categoria. Ele queria um carro totalmente elétrico, com características off road, muita potência, muito torque e mais capaz do que qualquer um em sua classe.

Odyssey 21 terá pneus para encarar os diferentes tipos de climas extremos da categoria — Foto: Divulgação/Extreme E

Com baterias fabricadas pela Williams Advanced Engineering, o Odyssey 21 tem 400 kw de potência, o equivalente a 550 cavalos. O SUV elétrico pesa 1.650 kg, mede 2,30 m de largura, 4,40 m de comprimento e velocidade máxima estimada em 200 km/h. A aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 4,5 segundos impressiona, principalmente por causa do enorme torque gerado pelo motor elétrico.

Todos os carros da categoria são iguais, fabricados pela Spark. O chassi do SUV é feito de uma estrutura tubular de liga de aço reforçada com nióbio e também conta com uma estrutura de impacto na gaiola de proteção. Os pneus tem podem encarar os extremos de inverno e verão, e são fornecidos pela alemã Continental. Os carros e os pneus foram testados por uma semana no campo de provas de Château de Lastours, no sul da França. O local é usado habitualmente por equipes do Rally Dakar e do Mundial de Rali da FIA (WRC) para fazerem suas avaliações.

O chassi do Odyssey 21 é feito de uma estrutura tubular de liga de aço reforçada com nióbio — Foto: Shiv Gohil/Spacesuit Media

O teste definitivo para o Odyssey 21 aconteceu no Rally Dakar de 2020. O carro participou do último estágio da maior competição do rali cross-country do mundo com o americano Ken Block, conhecido pela série de vídeos Gymkhana, em que corre em pistas com obstáculos. Ele andou no deserto de Alula, na Arábia Saudita, local da primeira etapa da Extreme E em 2021. E o carro totalmente elétrico impressionou: ele fez 9m17s no trecho, apenas 27s mais lento que a lenda Nasser Al-Attiyah, com um Toyota Hilux preparado pela Gazoo Racing movido a diesel.

Extreme E: Ken Block pilota o Odyssey 21 na Arábia Saudita

Extreme E: Ken Block pilota o Odyssey 21 na Arábia Saudita

Os dez times da Extreme E receberam seus veículos em setembro de 2020. Na primeira etapa, apenas a chinesa TeCheeetah não participará. Nove equipes estão confirmadas: as alemãs ABT Cupra e Rosberg X Racing (RXR) – de Nico Rosberg; as espanholas Acciona Sainz (de Carlos Sainz) e Hispano Suiza; as americanas Andretti United (de Michael Andretti e Zak Brown) e Chip Ganassi; e as inglesas JBXE (de Jenson Button), X44 (de Lewis Hamilton) e Veloce Racing.

Apresentação da nova Extreme E, categoria de carros elétricos off road

Apresentação da nova Extreme E, categoria de carros elétricos off road

Primeira aparição do Odyssey 21 aconteceu em julho de 2019 no Festival da Velocidade de Goodwood — Foto: Divulgação/Extreme E

Perfil Rafael Lopes — Foto: Editoria de Arte/GloboEsporte.com

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